Na mira da Polícia Federal

A política de João Alfredo foi abalada pela operação da Polícia Federal (PF) que colocou o vereador José Joacir Cristóvão da Silva, o ‘Oin’ (Podemos), no centro de um esquema de tráfico transnacional de drogas. Em seu terceiro mandato, Oin agora é alvo de uma investigação que ultrapassa os limites do Agreste Setentrional, com mandados de prisão sendo expedidos em seis estados brasileiros. Foragido, o vereador é acusado de liderar uma organização criminosa com ramificações em São Paulo, Goiás e Mato Grosso.

Enquanto a PF executa 12 prisões e 16 mandados de busca, o advogado de Oin, Ydigoras Ribeiro Júnior, afirma ter sido pego de surpresa pela operação e diz ainda não ter tido acesso aos autos. A surpresa, no entanto, não parece ser compartilhada nos bastidores políticos de João Alfredo, onde predomina o silêncio.

Afinal, em um cenário em que crimes de colarinho branco já fazem parte do folclore eleitoral, a associação direta de um parlamentar com o tráfico de drogas levanta uma questão crítica: até que ponto a política local está contaminada?

A operação expõe uma fratura nas relações entre o poder político e atividades ilícitas que, longe de serem exclusivas de João Alfredo, refletem uma tendência preocupante no Interior pernambucano. Resta saber se a justiça e a política local conseguirão responder à altura ou se o episódio de Oin será apenas mais uma página virada nas práticas que corroem a confiança pública.

Sucessão e futuro

Encerrando seus mandatos em Lagoa Grande e Afrânio, no Sertão do São Francisco, os prefeitos Vilmar Cappellaro e Rafael Cavalcanti enfrentam o primeiro desafio: garantir a eleição de seus sucessores, Catharina Garziera e Cloves Ramos. O êxito nesse projeto será decisivo para os planos de ambos em 2026, quando possivelmente estarão de olho em cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Embora o foco atual esteja nas eleições municipais, a movimentação em direção ao futuro já é motivo de especulação.

Roubaram as bandeiras

O candidato a prefeito de Petrolina (Sertão do São Francisco), Odacy Amorim (PT), registrou um Boletim de Ocorrência (BO) após o furto de 1.800 bases de ferro utilizadas para as bandeiras de sua campanha. Odacy classificou o episódio como uma “ação política criminosa” e destacou que o roubo foi direcionado exclusivamente ao seu material de campanha, sugerindo motivações políticas. Sem mencionar adversários, o candidato lamentou que certos grupos, em vez de debater propostas, optem por ações prejudiciais, mas garantiu que o incidente não interromperá suas atividades eleitorais.

Inimiga íntima

A ex-militante do PT e agora candidata a vereadora pelo Agir, Rivalda Anália, fez duras críticas à prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT). Rivalda afirmou que a gestão de Márcia falhou em várias áreas, especialmente nas políticas voltadas para mães e crianças com microcefalia. Ela também criticou a saúde municipal, apontando a falta de medicamentos como um problema persistente, além de mencionar falhas na educação. Para Rivalda, Serra Talhada ficou estagnada sob a gestão da prefeita, e outras mulheres da oposição estariam mais preparadas para representar a cidade.

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