O duelo com data marcada
Em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, as opiniões estão divididas para o grande clássico de outubro: Márcia Conrado (PT) contra Luciano Duque (SD). Criador e criatura vão se encontrar no ringue eleitoral. Podem comprar a pipoca, pois vai ser, no mínimo, emocionante.
O novo ingrediente foram as declarações de Marília Arraes sobre o deputado Luciano Duque na última sexta-feira (24). As críticas contundentes da vice-presidente nacional do Solidariedade foram recebidas com um misto de surpresa e indignação entre os apoiadores de Duque. A prefeita Márcia Conrado (PT), por sua vez, manteve a serenidade e seguiu com sua agenda, sem comentar publicamente o episódio.
No sábado (25), Márcia deu continuidade às suas atividades tanto na zona urbana quanto na zona rural, evidenciando uma postura, até o momento calada, frente às declarações de Marília. Entre seus aliados, o ataque foi interpretado como uma tentativa de desestabilizar Luciano Duque, mas que poderia ter o efeito contrário ao fortalecer sua base de apoio. Duque permaneceu focado em sua estratégia, enquanto seus aliados consideravam as críticas como exageradas e infundadas. O deputado não respondeu Marília, ao menos por enquanto.
Duque reafirmou sua intenção de concorrer à Prefeitura de Serra Talhada em entrevista coletiva, onde afirmou que as provocações apenas fortaleceram sua determinação. Ele subiu o tom contra a prefeita Márcia Conrado, acusando-a de tentar isolá-lo politicamente desde sua campanha para deputado estadual em 2022. Ele desafiou a gestora a um debate público, alegando que seria uma oportunidade para discutir abertamente os diferentes modelos de governança propostos para a cidade.
Deu o alerta
O ex-prefeito Ernando Silvestre (União) participou do programa Política em Pauta nesta segunda-feira (27), onde discutiu a situação política em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, e falou sobre a sua trajetória. Com relação a pré-candidatura de Alessandra Vieira, Ernando destacou a necessidade de corrigir erros até 5 de agosto, elogiando-a pela falta de rejeição e reforçando a importância de reuniões frequentes do grupo até as convenções. Ernando expressou preocupação com a situação do grupo Boca-Preta, apontando a falta de fortalecimento e possível diminuição do apoio. Ele ressaltou a importância de entender as demandas da população para evitar constrangimentos eleitorais: “Cada dia que se passa, eu estou sentindo que o grupo, ao invés de se fortalecer, está permanecendo no que está, ou está diminuindo e, se estiver acontecendo isso, deve haver algum erro que a população Boca Preta não está se agradando”.
O dilema
Em Toritama, no Agreste, o atual vice-prefeito Romerinho Leal (PSDB) se lançou candidato a prefeito na noite de ontem. A bronca é que o atual prefeito, Edilson Tavares (MDB), aliado da governadora Raquel, Raquel Lyra (PSDB) apoia o nome de Sérgio Colin para sua sucessão.