Oposição de Pernambuco e as articulações para 2022
O primeiro dia de 2021 será marcado, no campo da política, pela posse dos prefeitos e vereadores vitoriosos nas eleições municipais de 15 de novembro último. Em Pernambuco, no entanto, o ano que se avizinha será de muitas especulações em torno da sucessão do governador Paulo Câmara (PSB). Que, aliás, já começaram.
Se de um lado o atual prefeito Geraldo Julio (PSB) é cotado para ser o nome dos socialistas para disputar o Palácio do Campo das Princesas, do outro a oposição vai se articulando com três jovens lideranças que se destacaram após o pleito deste ano: a prefeita Raquel Lyra (PSDB), de Caruaru; Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão dos Guararapes; e Miguel Coelho (MDB), de Petrolina.
No caso de Miguel, o resultado pós-eleições 2020 o deixa inevitavelmente na condição de um dos principais nomes dos oposicionistas para 2022. Com 121.300 votos, ele conseguiu a reeleição em Petrolina obtendo a maior votação já alcançada por um candidato a prefeito na maior cidade do Sertão, até hoje.
Além de evitar um inédito segundo turno em Petrolina, Miguel ficou com a oitava maior votação no país em cidades com mais de 200 mil habitantes. Os números impressionam, mas ele evita antecipar o debate.
É claro que existe para os três, antes da corrida estadual, uma administração a ser continuada, já que foram respaldados pelos seus respectivos eleitorados. Mas nos bastidores as conversas já começaram antes mesmo do pleito deste ano.
Não resta dúvida que Miguel, Rachel e Anderson chegarão fortalecidos para 2022. Mas o próprio prefeito de Petrolina já cravou: “nosso compromisso enquanto oposição não é discutir quem será o candidato, mas como nós vamos chegar em 22 e com qual proposta para o futuro de Pernambuco”.
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