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Petrolina perde empresa estatal de Pernambuco e revela seu ponto fraco

Atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio convocou uma assembleia geral para finalizar a extinção da empresa estatal Porto Fluvial de Petrolina, criada em 2010 pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB). O problema é que a empresa, na verdade, nunca funcionou.

As críticas de que os gestores estaduais nunca olharam para a maior cidade do Sertão são verdades difíceis de engolir – do Palácio do Campo das Princesas para dentro, é claro. Neste caso, no entanto, a decisão não pode ser vista como descaso.

Petrolina praticamente não tem indústrias, ao contrário da Zona da Mata, que está mais perto do Porto de Suape. Levar insumos do Sertão até o Litoral, por meio de caminhões, encarece o produto e provoca perda de competitividade. Isso é fato.

É fato que esse cenário local poderia ser outro, se tivessem atendido os apelos das lideranças políticas da região, mesmo quando tiveram governos estaduais como aliados. Um outro bom exemplo disso é a Ferrovia Transnordestina, que poderia ter um ramal passando por esses rincões.

Agora não adianta criar questões políticas. A economia de Petrolina não pode depender eternamente da fruticultura, mas também não adianta tentar atrair indústrias sem o próprio governo criar uma logística adequada. Infelizmente o município está perdendo, há muito tempo, o bonde da história nesse quesito.

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