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Tacaimbó prepara-se para eleições suplementares

Em Tacaimbó, no Agreste do Estado, não se fala em outra coisa depois que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) aprovou, por maioria, a realização de eleições suplementares proporcionais para a escolha de vereadores no município. Cinco dos nove representantes eleitos daquela Câmara Municipal tiveram seus mandatos cassados por fraude à cota de gênero nas eleições de 2020. É a primeira vez que uma eleição suplementar proporcional acontecerá no Estado.

O desembargador eleitoral Adalberto de Oliveira Melo, relator do caso, considerou as candidaturas de uma representante do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e duas do Partido dos Trabalhadores (PT) como fictícias em decorrência da ausência de atos de campanha e ausência de votos, entre outros elementos. Ficou comprovado que uma das candidatas pediu, inclusive, voto para candidato concorrente ao mesmo cargo postulado.

Com a constatação de fraude, houve cassação dos registros e o TRE-PE considerou nulos todos os votos atribuídos aos candidatos eleitos dos dois partidos, provocando perda de mandato de dois vereadores eleitos pelo PSB (Edvaldo José de Macedo e Fagno José de França) e três pelo PT (Mardones dos Santos Quaresma, Givanildo João da Silva e Nadilson Nunes da Silva).

Como a anulação atingiu mais da metade da votação proporcional, foi decidida, por quatro votos a três, prevalecendo o entendimento da desembargadora eleitoral Mariana Vargas, a realização de novas eleições proporcionais para a Câmara de Tacaimbó. Até lá, o órgão deverá permanecer funcionando com a atual composição. A medida é passível de recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com ressalvas

A Primeira Câmara do TCE-PE recomendou a aprovação, com ressalvas, das contas do ex-prefeito de Ingazeira (Sertão do Pajeú), Lino Olegário de Morais. O TCE-PE apontou o cumprimento por parte do município dos limites constitucionais e legais com saúde no período analisado, ficando em 20,73%. A principal irregularidade foi em relação aos gastos com educação, que atingiu no período 23,82%.

Virou a página

Em Petrolina, o vereador Ronaldo Silva (PSDB) perdeu de vez a paciência com seus ex-colegas da bancada governista que vivem dizendo que ele mudou do vinho para água, após passar para a oposição e viver, agora, criticando duramente a gestão do prefeito Simão Durando Filho (UB). Segundo o vereador, o fato de ter sido líder do então prefeito Miguel Coelho (UB) na Casa Plínio Amorim tratou-se nada mais do que um mero acordo político entre seu aliado Guilherme Coelho (PSDB) e o primo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que durou “longos cinco anos”, mas agora é passado. “Tem vereador aqui que, quando nós trazemos as reivindicações, as mazelas do governo, diz que há tão pouco tempo eu estava no governo. Esquece, irmão, vira a página. Eu estava, não estou mais”, desabafou.

Na contramão

Contrariando a bancada Pernambucana, que vai em outra direção, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, vai se encontrar esta semana com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT). Ela quer atrair a sigla para a base governista de Lula em 2023. O União Brasil entra em 2023 com 59 deputados e 10 senadores – a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados e quarta maior no Senado.

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