Vice-prefeito de Verdejante entre a cruz e a espada
Com a recente decisão judicial determinando o afastamento do prefeito Haroldo Tavares, a sucessão política em Verdejante, no Sertão Central, tornou-se incerta. Tavares, condenado por improbidade administrativa no processo nº 0000031-60.2014.8.17.1560, deverá deixar o cargo, enfrentando também a perda de seus direitos políticos por oito anos. A questão central agora gira em torno do vice-prefeito, Dorinho, que, embora seja candidato a vereador pelo Partido dos Trabalhadores, tem a opção de assumir a prefeitura até o fim do mandato de Tavares.
Entretanto, se Dorinho optar por assumir a prefeitura, sua candidatura a vereador certamente será impugnada. A lei estabelece que vices que substituem ou sucedem titulares nos seis meses anteriores ao pleito não podem concorrer a outros cargos.
Caso Dorinho decida continuar sua campanha para vereador, o presidente da Câmara Municipal, Dedé da Lagoa, será o responsável por assumir a prefeitura interinamente. Esse cenário abriria uma série de mudanças na estrutura da Câmara Municipal, incluindo a convocação de um suplente de vereador e a realização de uma nova eleição para a mesa diretora.
O futuro político de Verdejante agora depende das decisões de Dorinho, que precisa escolher entre assumir a prefeitura por um curto período ou manter sua candidatura a vereador. A resposta dele definirá o rumo político da cidade nos próximos meses, diante do afastamento de Haroldo Tavares e a reestruturação necessária no poder executivo municipal.
Show vetado
A Justiça Eleitoral em Mirandiba (Sertão Central) acatou o pedido do Ministério Público e cancelou o show de Amado Batista, que seria promovido pelo prefeito de Carnaubeira da Penha (Sertão de Itaparica), Elízio Soares Filho, às vésperas das eleições. Com custo de R$ 350 mil, o evento foi considerado uma tentativa de influenciar o pleito, utilizando recursos públicos para beneficiar a candidatura de Elízio à reeleição. A decisão destacou que tal gasto poderia desequilibrar a disputa eleitoral em um município com pouco mais de 13 mil habitantes. A prefeitura ainda não se manifestou sobre a decisão.
Desdobramentos
O atentado contra o prefeito de Sertânia (Sertão do Moxotó), Ângelo Ferreira (PSB), trouxe à tona as tensões políticas na cidade, especialmente em ano eleitoral. Ferreira, em pronunciamento, sugeriu que o ataque tinha motivações políticas, enquanto seu sobrinho, Paulo Henrique, atribuiu o incidente a questões pessoais, sem relação direta com a campanha. A Polícia Civil segue investigando o caso, em meio a um cenário de especulações e rivalidades políticas que ainda prometem desdobramentos.