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O perigo das “boas oportunidades”

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O perigo das “boas oportunidades” 

Nem todas as oportunidades são boas oportunidades. Essa máxima, amplamente aplicada em ambientes corporativos, também deve guiar as decisões pessoais, especialmente no início do ano, um período repleto de liquidações, ofertas e promessas tentadoras de economia. Contudo, há uma linha tênue entre aproveitar uma boa chance e cair em uma armadilha que comprometa o planejamento financeiro e estratégico. 

No âmbito corporativo, é comum ouvir que o planejamento estratégico foi desviado devido a uma "oportunidade imperdível". No entanto, o que muitas vezes se apresenta como uma chance promissora pode, na realidade, ser uma ameaça disfarçada.

 

Preciso disso?

A mesma lógica vale para o consumo individual. Promoções irresistíveis, como "pague três e leve quatro", podem parecer vantajosas, mas geram uma questão crucial: realmente preciso desse item e, caso precise, faz sentido comprar quatro? 

O mercado, especialmente no comércio eletrônico, está cada vez mais competente em apresentar ofertas. Hoje, as promoções não esperam por você; elas literalmente saltam na tela do seu celular ou computador, atraindo cliques e decisões impulsivas. Diante disso, manter o foco no planejamento e nas prioridades é um desafio constante, que exige disciplina e clareza de objetivos. 

Planejamento e disciplina são as palavras-chave para evitar embarcar em furadas financeiras. Antes de qualquer compra, é essencial responder a perguntas básicas: Esse item estava na minha lista de compras? Ele é uma prioridade e/ou necessidade no momento? Tenho condições financeiras para adquiri-lo agora? O que deixarei de comprar para priorizar essa aquisição? 

Essas reflexões simples ajudam a frear o impulso e a evitar arrependimentos. Em muitos casos, pode ser mais sensato esperar e pagar um pouco mais no futuro, se for algo realmente necessário, do que adquirir agora em uma liquidação que compromete o orçamento. Afinal, o que parece barato à primeira vista pode sair muito caro a médio e longo prazo. 

 

Consciência

O início do ano é um período naturalmente mais apertado para as finanças, com despesas como impostos, material escolar e, para quem pretende aproveitar o carnaval especial que se aproxima, custos extras com viagens e festas. Esses fatores tornam ainda mais crucial o consumo consciente. 

Portanto, a recomendação é clara: veja, pense, analise. Comprar com consciência não significa abrir mão de oportunidades, mas sim abraçar aquelas que são realmente alinhadas aos seus objetivos e possibilidades. Planejar é o melhor caminho para transformar o início do ano em um período de conquistas, e não de arrependimentos. 

Considere cada oferta como um teste de paciência, foco, disciplina e estratégia. Mais do que nunca, vale a pena cultivar a calma e resistir à tentação de se afobar. Afinal, uma decisão consciente hoje pode significar mais tranquilidade e liberdade financeira no futuro.  

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