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Ano começa ‘azedo’ entre Congresso e Planalto; confira a coluna desta terça (2)

“Uma tragédia econômica se avizinha”
Deputado Maurício Marcon (Pode-RS) pouco otimista com a política econômica de Lula

Ano começa ‘azedo’ entre Congresso e Planalto
A manobra do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de editar uma medida provisória que atenta contra a desoneração da folha de pagamento na calada do recesso legislativo, irritou a oposição e até membros da base aliada do governo. Parlamentares pressionam Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para que nem mesmo receba a medida. O PP se articula com líderes de outros partidos e já mandou recados, “essa MP deve ser rejeitada”, cobrou o senador Esperidião Amim (PP-SC).

Requinte de crueldade
Parlamentares observam certa provocação no anúncio da MP, que tem aval da Casa Civil de Lula. Ocorreu no dia em que a lei foi promulgada.

Perdeu no voto
Rosana Valle (PL-SP) lembra que o tema foi votado e o governo vencido no voto. A deputada criticou a manobra governista, “é democrático isso?”.

Dando voltas
Pacheco ainda não bateu o martelo sobre aceitar ou não a MP. Diz que vai ouvir assessores legislativos, líderes políticos e só depois se decide.

É oficial
A Frente Parlamentar do Empreendedorismo, com 250 parlamentares, não quer papo. mandou ofício para Pacheco cobrando a rejeição da MP.

Senadores torram R$ 9 milhões com passagens
Sem piedade do pagador de impostos que banca as mais esdruxulas regalias, as excelências acomodadas no Senado gastam sem dó. Antes de fechar o ano, os senadores empurraram fatura de mais de R$ 9,4 milhões em passagens. Como o prazo para contabilizar as notas ainda está aberto, a gastança deve aumentar. Dados disponíveis na transparência colocam Omar Aziz (PSD-AM) no topo, R$ 339,3 mil.

Prata para o líder
A prata da gastança é do líder de Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), torrou R$ 275,4 mil.

Não tem dó
Dois 81 senadores, apenas seis não forçaram o pagador de impostos a bancar gastos com passagens para flanarem por aí.

Como explicar?
Estranhamente, dois dos três senadores do Distrito Federal gastaram com passagens. Apenas Izalci Lucas (PSDB) ficou de fora da farra.

Até rimou
Sem deixar passar em branco a gastança de Lula e Janja, que torraram até R$ 374 mil em tapetes, Bia Kicis (PL-DF) refletiu que “todo comunista é assim”, e mandou: “pobreza pra vocês, luxo pra mim”.

Ver para crer
Com tudo para não dar em nada, a oposição prometeu acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para que seja apurada a legalidade das luxuosas compras para “abrasileirar” os palácios presidenciais.  

Tô fora
O estadual Carmelo Neto reiterou que não vai disputar a prefeitura de Fortaleza (CE). O escolhido pelo PL para o pleito é o deputado federal André Fernandes. Carmelo levou a presidência do partido no estado.

Prepare o bolso
Com alta de quase 18% em 2023, a notícia não é boa para o consumidor que precisa comprar arroz. A expectativa é que não haja queda no preço do produto nos primeiros dois meses deste ano.

Sanha do ministro
A jurista Janaína Paschoal vê desrespeito à separação dos poderes a reoneração da folha, “o ministro deveria buscar formas de gastar menos e abrandar um pouco essa sanha de arrecadar/confiscar mais”.

Pujança fluminense
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, celebrou bom resultado na geração de empregos. Antes mesmo de fechar o ano, o estado já somava 165 mil novos empregos formais.

Déjà vu
O ano começa difícil para Alexandre Padilha (Relações Institucionais), outra vez. Já tem lista de reclamações contra o ministro, que vai ter que desanuviar a relação com o Congresso. 

Sem pressa
Aliados garantem que Lula não está com pressa para anunciar o substituto de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Não descarta deixar Ricardo Capelli como interino por uma temporada.

Pensando bem...
...é fora do recesso que Lula e Janja curtem o bem-bom dos hotéis de luxo mundo afora.

PODER SEM PUDOR
Senador contra-regra

Os senadores discutiam a redução da maioridade penal, ontem, quando Eduardo Suplicy (PT-SP) voltou a exibir sua veia artística. Lendo um relatório sobre o tema, em certo trecho um cachorro latia. Suplicy leu e latiu. Três vezes. Risos gerais. Adiante, ele se referiu a “vários tiros de arma de fogo”. Novamente Suplicy ilustrou a leitura berrando os tiros. O senador tucano Arthur Virgílio (AM) não resistiu: com reflexos de bom judoca, levantou os braços, com ar de espanto. Mais risos.


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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br


As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.

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