Arapongagem da Abin respinga em Rui Costa; confira a coluna desta quinta (1º)
“O termo ‘caixa-preta’ é racista, fascista e sobretudo taxista”
Kim Kataguiri (União-SP) ironizando Lindbergh Farias (PT-RJ), ativista da Lacrolândia
Arapongagem da Abin respinga em Rui Costa
Habituado ao canibalismo para conquistar nacos de poder, o PT aproveita o escândalo na agência de arapongagem do governo Lula para fritar o ministro Rui Costa (Casa Civil). Costa é o patrocinador de Luiz Fernando Corrêa no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No dia em que decidiu fazer a limpa na cúpula da Abin, Corrêa estava entre demissíveis, mas foi salvo por intervenção do ministro. O número dois da agência, Alessandro Moretti, não teve a mesma sorte.
Passe no RH
Além de Moretti, a arapongagem derrubou outros quatro diretores. Com a demissão a granel, pouca gente aposta na manutenção de Corrêa.
Pós-Corrêa
O Planalto já tem até quem substitua o protegido de Rui Costa: Ricardo Cappelli, ligado ao PSB e a Dino, que não gosta do chefe da Casa Civil.
Canibais
Facções petistas veem no escândalo a chance de minar eventual chance de Rui Costa ser o substituto de Lula na candidatura à presidência.
Nova Dilma
Além dos inimigos conquistados ao longo de mais de 40 anos de PT, o baiano enfrenta ciumeira no partido em razão dos holofotes do PAC.
PT ‘aparelha’ até velório de embaixador falecido
As homenagens ao falecido embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, no Itamaraty, foram marcadas por cenas inusitadas e lacrações que deixaram diplomatas boquiabertos. Em discursos, em vez de se destacar prioritariamente os predicados do diplomata, ouviram-se ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula, a quem Guimarães dedicava tratamento de divindade, esteve no velório-comício. Foi surpresa: o presidente tem o hábito de evitar cerimônias fúnebres e locais afetados por tragédias.
Petista de carteirinha
Causou espécie também a inapropriada aposição, sobre o caixão, da carteirinha de filiação ao PT de Guimarães, servidor do Estado brasileiro.
Escolinha do Samuel
Como nº 2 do Itamaraty, ele criou a “escolinha do Samuel”, com diplomatas sabatinados sobre livros que eram obrigados a ler.
Monoglotas aforaram
Guimarães também chocou ao excluir a prova de língua estrangeira, essencial à atividade diplomática, nos cursos para ingresso na carreira.
Universo paralelo
Além da Abin, fala-se em Polícia Federal paralela. A desconfiança é de José Medeiros (PL-MT) que cita as operações contra Anderson Torres e Carlos Bolsonaro. “Quer com prisão ou só busca?”, pergunta o deputado.
Rachadones
Nikolas Ferreira (PL-MG) não perdoou pedido da PF para quebrar o sigilo bancário e fiscal de André Janones (Avante-MG), aquele da rachadona. Usou meme do “toc, toc, toc” sugerindo eventual batida dos federais.
Bullying sem controle
Ramo jabuticaba do Judiciário brasileiro, a Justiça do Trabalho continua fazendo política. Agora quer arrancar R$ 85 milhões do perseguidíssimo empresário Luciano Hang e sua Havan por “assédio eleitoral”. Triste país.
Pesos e medidas
O inquérito da PF contra André Fernandes (PL-CE) por inconsistência na autodeclaração racial, faz lembrar caso idêntico de Flávio Dino, que já foi pardo e branco, mas não corre o risco de ser intimado para explicar isso.
Queiroga com o chefe
Marcelo Queiroga esteve em Brasília. Foi à sede do PL para despacho com o dono do partido, Valdemar Costa Neto. O ex-ministro da Saúde quer ajuda na sua candidatura a prefeito de João Pessoa (PB).
Pedala, Enel
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu na porta do TCU nesta quarta-feira (31) e entregou nas mãos de Bruno Dantas, seu presidente, uma representação contra a distribuidora de energia Enel.
Legado
O Anuário Nacional de Livrarias aponta o Maranhão, governado por quase uma década por Flávio Dino, como o estado brasileiro com o menor número de livrarias por habitante: uma a cada 324 mil.
Besteirol perseguidor
Imagens em vídeo mostram uma baleia surpreendendo um grupo de banhistas, incluindo Jair Bolsonaro. Agora ele foi intimado por risível alegação de “importunação de baleia”. Importunar ex-presidente pode.
Pensando bem...
...assédio eleitoral mesmo é o horário político na TV.
PODER SEM PUDOR
Já morreu tarde
Em 1955, um ano após a morte de Evita e pouco antes de cair, o general argentino Juan Domingo Perón demitiu o poeta maior Jorge Luis Borges de uma sinecura na Biblioteca Nacional de Buenos Aires. Pura pirraça. “Perón es un miserable!”, proclamou o poeta. Em 1973, Perón retornou ao poder e faleceria em seguida. Um jornalista procurou Borges e tentou induzi-lo a uma resposta generosa sobre o morto. Ele repousou as mãos sobre o cabo da bengala e exclamou: “Ahora, Perón es un miserable muerto!”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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