Assédio do governo a deputados irrita Lira e líderes; confira a coluna desta quarta (26)
“O mundo gira…”
Senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão, reage a fala do presidente Lula, que chamou apoiadores de Bolsonaro de “malucos”
Assédio do governo a deputados irrita Lira e líderes
Azedou a relação do governo com líderes e dirigentes de partidos como PP o assédio do Planalto a deputados insinuando o interesse de Lula (PT) em convidá-los para o ministério. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou claro o desconforto durante evento em São Paulo, ao retomar críticas à articulação política. Além disso, cancelou pela terceira vez a reunião que Lula pediu. Lira quis, com o desdém, sinalizar lealdade aos dirigentes e líderes do PP e demais partidos do Centrão.
Aposta na divisão
Lira reage à tentativa de Alexandre Padilha (Relações Institucionais) de aliciar deputados para dividir o Centrão e enfraquecer seus líderes.
PT inveja Lira
Lira surpreendeu garantindo vitórias importantes ao governo, mas os petistas o desprezam, daí a estratégia de tentar minar sua liderança.
Desqualificação
O assédio a deputados é visto como tentativa tosca de dividir PP e o Centrão, e de desqualificar líderes e dirigentes como interlocutores.
Tiro de inquietação
Padilha irritou o Centrão plantando notícia sobre sua reunião com os deputados do PP André Fufuca (MA) e Silvio Linhares Filho (PE).
Bolsonaro já atua como cabo eleitoral para 2024
Se o presidente Lula (PT) não o esquece, não seria o antecessor Jair Bolsonaro que evitaria chances de se manter em evidência, até porque 2024 é logo ali e haverá importante eleição municipal, na qual pretende influir o máximo possível. Por essa razão, o ex-presidente esteve ontem na Câmara Municipal de São Paulo para o evento de filiação ao PL do vereador Fernando Holiday, ex-MBL, que deve disputar a reeleição em 2024 e disputar mandato federal em 2026, com apoio de Bolsonaro.
Busca por consenso
O governador Tarcísio de Freitas (Rep), ex-ministro de Bolsonaro, será outro cabo eleitoral fundamental no campo conservador.
Concorrente direto
No fundo, Bolsonaro adoraria ver em maus lençóis o deputado Kim Kataguiri (União-SP), hoje “aliado crítico”, batendo chapa com Holiday.
Influência Bolsonaro
No Rio de Janeiro, o ex-vice Braga Netto e Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, se destacam como pré-candidatos, mas falta definição no PL.
Coisa do passado
Aceitando o convite do governador Tarcísio de Freitas para jantar e pernoitar no palácio do governo de São Paulo, o ex-presidente Bolsonaro quis sinalizar que está tudo bem entre eles. Rusgas superadas.
É a Selic, playboy
Lula já não tem quem explique o beabá das coisas. Celebrou como obra do governo a queda da inflação, sem sequer desconfiar, nem lhe disseram, que é a Selic a 13,75% que derruba a inflação.
Heroína da esquerda
Para o líder do PCO, Rui Costa Pimenta, “chegou o dia em que a Barbie, símbolo da mulher conservadora norte-americana, tornou-se a heroína da esquerda brasileira”. O que está ruim sempre pode piorar”, ironizou.
Senador vítima de golpe
Criminosos estão se passando pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e fazendo pedido de doações em nome do parlamentar. O pernambucano já negou ser o dono do número e fez o alerta: é golpe.
Teatro politiqueiro
Para se descolar da homofobia de Jean Wilis em posts contra Eduardo Leite (PSDB), governador gaúcho, o Planalto vazou que desistira de promovê-lo a cargo melhor que o atual, de aspone. Mas nada de demitir.
Fardo descartado
Finalmente será privatizada a Carris, estatal de transporte porto-alegrense fundada em 1872 pelo último monarca do Brasil, D. Pedro II. Só nos últimos dois anos deu prejuízo de R$200 milhões ao município.
Já traficantes...
O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) desmontou o ataque de Lula a clubes de tiros, por imaginá-los “covil de bolsonaristas”, fiscalizados com rigor pelo Exército e PF: “nunca vi traficante comprar arma legal”
Os piores
O Banco Central divulgou o ranking de reclamações das instituições financeiras. O BTG Pactual e o Banco Pan lideram as queixas e bancos digitais como Inter, C6 Bank e PagBank também desagradam.
Pensando bem...
...pelo ritmo da escalada autoritária, só falta Medida Provisória ser renomeada para Ato Institucional.
PODER SEM PUDOR
Celular é um perigo
Importante jornalista do Rio descobriu certa vez, de forma curiosa, que a amizade de um político era só fingimento. O deputado Júlio Lopes deixou um recado na sua secretária eletrônica, insistindo em uma espécie de lobby recusado antes. Ao final do recado, o deputado imaginava o aparelho desligado, só que não. Sua conversa com um sujeito ao lado, beneficiário do tal lobby, acabou gravada junto com o recado inicial. Ao ouvir a mensagem, o jornalista conheceu o que Lopes pensa dele: “muito nervoso” e até “veado”. O jornalista ligou para o deputado, disse-lhe desaforos e se demitiu de sua “amizade”.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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