Congresso já rejeitou quatro Medidas Provisórias; confira a coluna desta terça (9)

“Não foi uma tentativa de golpe”
Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula ao classificar o 8 de janeiro como baderna

Congresso já rejeitou quatro Medidas Provisórias
O Congresso caminha para sacramentar a devolução da Medida Provisória que reonerar a folha de pagamento dos 17 setores da economia que mais empregam no Brasil. O pacote de maldades, revelado por Fernando Haddad (Fazenda) em pleno recesso legislativo, irritou parlamentares, que derrubaram veto de Lula sobre o assunto. Nesta terça (9), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, se reúne com líderes partidários. Há pressão pela devolução da MP.

O bi vem aí
Consumada a devolução, Lula será o único presidente da República a ter, por duas vezes, o dissabor de ver um Medida Provisória devolvida.

Há precedentes
José Sarney (1989), Lula (2008), Dilma Rousseff (2015) e Jair Bolsonaro (2020) engoliram a devolução de MP rejeitada pelo Congresso.

Enquadrando
Para que haja a devolução, tem que considerar que a MP ofendeu a Constituição e/ou não cumpriu os pré-requisitos de relevância e urgência.

Prenúncio
A depender do placar que derrubou o veto da desoneração, a MP deve ser devolvida. Foram 60 votos para anular o ato de Lula e 13 para manter

Lula só recebeu quatro senadores ao longo de 2023
O bom relacionado do presidente Lula com o Senado parece ter ficado longe das prioridades do petista em 2023. Os parlamentares adoram ser recebidos em audiências privadas, que rendem fotos e exposição na mídia, mas só quatro senadores carimbaram o nome na agenda de despachos com Lula: o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), três vezes; Davi Alcolumbre (União-AP), uma vez; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), três vezes, e Humberto Costa (PT-PE), uma vez.

Venha nós
Presidente da CCJ, Alcolumbre, que marca sabatinas de indicados ao STF, só esteve com Lula quando ele indicou Cristiano Zanin à Corte.

Reta final
Os despachos com Pacheco foram em novembro, mês de indicações ao STF e PGR e veto a desoneração da folha, derrubado pelo Congresso.

Ausência percebida
Os registros da agenda oficial não trazem nenhum despacho privado com o líder de Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Aferição de prestígio
As más línguas de Brasília não deixaram passar batida a posição de Márcio França, o microministro, no ato sobre 8 de janeiro, lá na terceira fila, e de Alexandre Padilha (Relações Institucionais), lá no fundão.

Agro em alta
A exportação de frango registrou alta de 6,6% em 2023, quando comparado com 2022. Foram 5,138 milhões de toneladas da proteína que movimentaram US$ 9,796 bilhões. Paraná liderou a exportação.

Pantomima
A cerimônia de Lula para lembrar os atos de vandalismo de 2023, que o petista insiste em golpe de Estado, não convenceu Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), “Evento político ou pantomima?”, quis saber o deputado.

Agora vai?
Cresce expectativa para que Lula anuncie nesta semana o sucesso de Flávio Dino no Ministério da Justiça. O presidente não quis anunciar nomes antes para não ofuscar a cerimônia que relembrou o 8 de janeiro.

Cena teatral
Ao negar convite para o ato sobre o 8 de janeiro, Eduardo Girão (Novo-CE) lamentou que o Congresso reforce narrativa e “falsa independência do Senado”. “Não farei parte desse teatro”, disse o senador.

Bateu ponto
A tucana Raquel Lira, governadora de Pernambuco, justificou participação da cerimônia lacradora de Lula sobre o 8 de janeiro dizendo que a democracia está acima de qualquer disputa política.

Não foi
Romeu Zema (Novo) estava no Ministério da Fazenda na tarde de ontem (8) enquanto se espalhava a notícia de que iria participar de ato do Lula para lembrar o 8 de Janeiro. O governador mineiro não foi. 

Desengaveta, Pacheco
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) cobrou mudança na legislação após morte de um militar por um criminoso que fugiu no saidão, “que o Senado tenha vergonha e vote o projeto que acaba com esta safadeza”.

Pergunta em Brasília
Confirmado ministro do STF na Justiça e ministro da Justiça no STF, é seis por meia dúzia?

PODER SEM PUDOR
FHC e o cara

Não foi na base do “olha o passarinho” a foto de FHC, José Serra e o presidente Lula juntos no velório de Octavio Frias, dono da Folha de S. Paulo. Avisado por um secretário do governador paulista do interesse da imprensa em fotografar o ex-presidente ao lado de Lula, FHC reagiu:
- Eu vou ter que cumprimentar esse cara?
- Vai sim, Fernando, conto com sua educação – rebateu José Serra. 
- Pelo protocolo, quem tem que cumprimentar é o Serra – insistiu FHC. 
Diante da cara feia do governador, Fernando Henrique entregou os pontos.


___
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br


As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter