Decisão de Dino deixa Congresso em pé de guerra; confira a coluna desta sexta (16)
“Somos fortes candidatos a ser pária”
Sen. Esperidião Amin (PP-SC) sobre a passação de pano de Lula para o ditador Maduro
Decisão de Dino deixa Congresso em pé de guerra
Decisão do ministro Flávio Dino cassando 4 emendas constitucionais em vigor há dez anos, aprovadas nas últimas três legislaturas, deixou o Congresso em “pé de guerra” contra mais essa estocada do Supremo Tribunal Federal em suas prerrogativas. A decisão de Dino atende a Lula (PT), que o nomeou e deseja a volta do “balcão de negócios”. O petista usou e abusou do “balcão” nos dois primeiros governos, condicionando a liberação de emendas ao comportamento bovino dos parlamentares.
Aliança com STF
Lula quer restabelecer o “balcão”. Sem votos no Congresso, recorreu à sua “bancada” no STF, como no caso recente da desoneração da folha.
Troco não tardou
Uma primeira reação se viu ontem: a Comissão Mista de Orçamento rejeitou a MP de Lula presenteando o Poder Judiciário com R$ 1,3 bilhão.
Congresso se une
Em rara nota conjunta, as mesas diretoras da Câmara e do Senado e partidos pediram que o STF revogue a decisão monocrática de Dino.
Atropelaram o rito
A nota do Congresso lembra que o juiz prevento no caso é Alexandre Moraes, por recente decisão sobre o mesmo tema, e não Dino.
‘Círculo íntimo’ pode ter vazado mensagens do STF
Parlamentares estão convencidos de que mensagens e áudios revelados por Glenn Greenwald na Folha, que segundo o jornal foram retirados de um celular, são obra de um dos personagens citados nas reportagens, os três auxiliares de Alexandre Moraes. Já há até pedido de investigação do trio, feito pela senadora Damares Alves (PL-DF). Greenwald reforçou as suspeitas ao afirmar, em inglês, que a origem era o gabinete do ministro, mas usou a expressão “chambers” (“aposentos”), o “círculo íntimo”.
Não é vazamento
Tanto a Folha quanto Greenwald já explicaram que as informações não são produto de vazamento ilegal ou invasão hacker.
Fonte espontânea
As mensagens que são objeto da análise dos jornalistas estariam num aparelho celular oferecido de forma espontânea por fonte secreta.
Não deve, não teme
No STF, Moraes disse que nem ele e nem os três personagens citados temem nada, por isso os políticos avaliam convocá-los para depor.
Intel escolhe Brasília
A Intel, gigante dos microprocessadores, irá inaugurar seu primeiro data center no Brasil no BioTIC, parque tecnológico de Brasília. A expectativa é gerar 900 empregos diretos, comemorou o governador Ibaneis Rocha.
Lorotas em Curitiba
Lula disse ontem que Haddad é criticado porque o governo quer taxar “os mais ricos”. De pernas curtas e com memória seletiva, já esqueceu que, se mirou nos ricos, Zé do Taxão acertou nos pobres, com a taxação das blusinhas e reonerando a folha de salários, que reduzirá os empregos.
Tome tento, Pacheco
Bia Kicis (PL-DF) desafiou o presidente do Senado no impeachment contra Alexandre de Moraes. “Queremos ver se o Rodrigo Pacheco vai ficar de costas para os seus eleitores. O povo de Minas irá às ruas”.
Primeiro desmoraliza
Fiel ao princípio de sempre de assassinar reputações ou desmoralizar teses para impor sua posição, o governo Lula (PT) acionou sua máquina de propaganda para demonizar ou desmoralizar o atual sistema de liberação de emendas parlamentares, batizando-o de “emendas pix”.
Nem os gregos
“Os deuses do Olimpo ressuscitaram. É uma guerra para ver quem manda mais no País. Nossa democracia está em xeque”, reagiu a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).
Calcificação política
“A polarização sempre houve. O que há agora é a calcificação da polarização. Deixou de haver bambu, ou alguma coisa flexível, para ficar cada um com sua coluna de concreto”, avalia Esperidião Amin (PP-SC).
Viva Juliano
A Câmara do DF concederá nesta sexta (16), postumamente, o título de cidadão honorários a um dos advogados mais queridos e admirados de Brasília: o ex-presidente da OAB Juliano Costa Couto, recém-falecido.
Engajados na polêmica
Aspone para assuntos internacionais aleatórios de Lula (PT), Celso Amorim disse no Senado que “estamos engajados em reorganizar a Unasul”, mas admitiu: “sei que a Unasul desperta muita polêmica”.
Pensando bem...
...pedir novas eleições em outro país, pode.
PODER SEM PUDOR
Mistério mineiro
Em Minas, chamavam o senador e ex-governador Magalhães Pinto de “Dr. Magalhães”, mas ninguém sabia informar ao certo por que ele fazia jus ao título. Afinal, ele era formado em quê? Um jornalista gozador resolveu tirar a dúvida com um dos principais adversários dele, Tancredo Neves, logo ele. Dr. Tancredo apertou os olhinhos e disparou: “Não sei em quê ele é formado, mas posso garantir uma coisa: nunca conheci um colega de turma do Magalhães...”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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