Eleições no Brasil rendem R$ 187 milhões em apostas; confira a coluna desta terça (8)
“Ainda tem jogo em algumas cidades”
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lembrando que a eleição ainda não acabou
Eleições no Brasil rendem R$ 187 milhões em apostas
Duas eleições municipais no Brasil, São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) movimentaram, até agora, US$ 34,1 (R$ 187) milhões na plataforma estrangeira Polymarket, que abriga apostas de qualquer tipo; esportivas, eleitorais etc., com criptomoedas. A disputa pela prefeitura paulista gerou o maior interesse com a sensação do primeiro turno Pablo Marçal: US$ 33,8 (R$ 185,5) milhões foram apostados. A corrida de Porto Alegre movimentou outros US$ 361 mil (R$ 2 milhões) em um mês e meio.
Pós-Marçal
A chance do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ser reeleito disparou: 84,5%, prevê o Polymarket. A probabilidade de Boulos (Psol) vencer é de 14%.
Improbabilíssimo
Após a derrota de Marçal, US$ 14 milhões das apostas caíram para o cenário “outro”, que tem menos de 1% de chance, pois nada é 100%.
Metodologia
A Polymarket calcula chances de vitória dos candidatos segundo o volume de apostas que cada um recebe. Nunes lidera desde setembro.
PoA
O prefeito Sebastião Melo (MDB) tem 95,5% de chances de ser reeleito, prevê o Polymarket. Maria do Rosário (PT) tem só 4,5% de chances.
De novo, Paraná Pesquisas supera Datafolha & cia
O Paraná Pesquisas voltou a se destacar pelos acertos no primeiro turno das eleições. Em São Paulo, por exemplo, Datafolha e Quaest levaram a esquerda à euforia e os demais ao desânimo cravando a dois dias da eleição que o extremista Guilherme Boulos (Psol) seria o mais votado, com 29%. Outros três garantiram que Pablo Marçal (PRTB) chegaria à frente. Só o Paraná Pesquisas cravou Ricardo Nunes (MDB) a poucos décimos de Boulos e Marçal em 3º, embolados. Foi o que aconteceu.
Único a acertar
Só Paraná Pesquisas acertou a ordem de chegada dos três, no dia 6, com Nunes em primeiro com 26,8%, Boulos 26% e Marçal 24,2%.
Novo mico
Quaest seguiu o oba-oba do Datafolha com 29% para Boulos. Datafolha garantia empate de Marçal e Nunes e o Quaest dava Marçal em terceiro.
Marçal ‘líder’
Com fantasiosos 32%, Marçal era “líder” nos institutos Futura, Real Time Big Data e Verita, que cravaram Nunes “fora”, assim como a Atlas Intel.
J&F perde mais uma
Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional ordenou que a J&F dos irmãos Batista pague o que deve em dividendos aos acionistas da Eldorado Celulose, reconhecendo direitos da Paper Excellence, dona de 49,4% da empresa. A dupla terá de pagar mais de meio bilhão de reais.
Derrocada tucana
Parece não ter fundo o buraco em que se meteu o PSDB paulistano. Não haverá tucanos na Câmara Municipal em 2025. É a primeira vez que o partido fica sem vereadores em São Paulo desde sua fundação em 1988.
Desconforto
Já provoca constrangimentos na Esplanada o tamanho do PSB do vice Geraldo Alckmin, que tomou o lugar do PT como o principal partido de esquerda no País. Foram eleitos 312 prefeitos do PSB e só 253 petistas.
Esquerda na área
Entre todas das prefeituras (253) vencidas pelo PT na eleição do último domingo, 20% estão na Bahia (50), o segundo estado mais violento do Brasil, segundo o Atlas da Violência do Ipea.
Contrastes
O PL elegeu o maior número de prefeitos em Santa Catarina: 90, enquanto o PT levou sete. No Piauí, melhor resultado do PT em 2024, o partido é o terceiro maior com 50 prefeituras. O PL não venceu no Piauí.
Prateleiras
Enquanto Pablo Marçal ‘bateu na trave’ do 2º turno no mais importante município brasileiro, São Paulo, o seu PRTB elegeu apenas um prefeito em todo o País: Ginao da Saúde, em Nova Brasilândia D’Oeste (RO).
Inflação em ascensão
O Boletim Focus foi atropelado pelo noticiário eleitoral, mas trouxe dados importantes sobre a economia. O mercado financeiro aumentou a expectativa para inflação este ano, que já está em 4,38%.
Me erra
Bem avaliado prefeito do Recife, João Campos (PSB) jogou água fria na campanha de Guilherme Boulos (Psol) que esperava apoio do socialista na campanha de São Paulo. Campos disse que o foco será Pernambuco.
Pensando bem...
...se chamar de “instituto de apostas”, tudo bem.
PODER SEM PUDOR
Beijos paraibanos
A festa era em homenagem às bodas de ouro de Severino Teixeira, líder político de Areia (PB). O lendário José Américo compareceu, aos 92 anos, e ficou assistindo outro convidado ilustre João Agripino, entornar todas. A certa altura, Agripino fez um emocionado discurso e até beijou o Teixeira. D. Lurdinha, secretária de José Américo, se voltou ao chefe: “O sr. está se sentido bem?”, perguntou. “Melhor do que o João Agripino, que já está beijando homem e eu ainda não beijei nem mulher...”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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