Estatais inventam dívida para empresa privada pagar
“A democracia é para todos”
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, defende homenagem a Michelle Bolsonaro
Estatais inventam dívida para empresa privada pagar
Suspeita de fraude no setor elétrico causa espanto em Brasília: a Cia. de Eletricidade do Amapá (CEA), no apagar das luzes da antiga diretoria, firmou “reconhecimento de dívidas” de R$ 30 milhões com a Eletronorte, na época sob influência da Eletrobras. A suspeita é que o dinheiro seria tomado da vencedora da privatização da CEA para beneficiar alguém. A falsa dívida caiu no colo da Equatorial, que arrematou a estatal em licitação e passou a ser pressionada a pagar dívida, a rigor, inexistente.
Informação privilegiada
A atitude fraudulenta dos criadores de “dívida” ainda gerou suspeita de informação privilegiada sobre a desestatização da CEA, em 2021.
Estatuto ignorado
O “reconhecimento de dívida” foi firmado sem a autorização do conselho de administração da CEA, como determina o estatuto social.
TC e MP viram a fraude
O Tribunal de Contas e o Ministério Público de Contas do Amapá alertaram a Justiça de que a “dívida” é produto de fraude, mas foi inútil.
Não deve, mas paga
Apesar da recomendação do MP de Contas e das ações que podem anular as “dívidas”, o TJ do Distrito Federal tem insistido no pagamento.
Nome do PL para sucessão de Lira racha o partido
Parlamentares do PL discutem dia e noite o nome que o partido vai lançar ou apoiar para disputar a Presidência da Câmara, em 2025. Enquanto deputados ligados a Valdemar Costa Neto, dono da sigla, dão como certa a candidatura de Altineu Côrtes (RJ), atual líder da bancada, parlamentares eleitos na esteira de Jair Bolsonaro buscam outro candidato. As costuras estão chegando a um nome de fora do PL, Pedro Lupion (PR), do PP do atual presidente da Casa, Arthur Lira (AL).
Lupion na cabeça
Lupion é presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária, que conta com 297 membros na Câmara e outros 50 no Senado.
Gregos e troianos
Lupion reúne predicados como representar o segmento mais importante do PIB brasileiro, é correligionário de Lira e atrai votos do centro.
Nomes em disputa
Entre governistas, as apostas vão se afunilando entre Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antônio Brito (BA), do PSD de Gilberto Kassab.
Mico
A fuga dos bandidões do presídio federal de segurança máxima de Mossoró continua fazendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pagar mico. Como ir ao local para fazer nada.
Gesto de gentileza
Lewandowski pediu ao presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Alberto Fraga (PL-DF), para segurar sua convocação sobre as fugas em Mossoró. Quer “se inteirar” do tema. Pedido atendido.
Eleitorado santista
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que o governador de São Paulo tem aprovação de 71,6% em Santos (SP). Já para o presidente Lula, a coisa não está boa. O petista é rejeitado por 50,1% do eleitorado.
Parecia candidato
O governador Tarcísio de Freitas teve tratamento de presidenciável na visita a lideranças do PL, PP e seu partido, Republicanos, no Congresso. O alvoroço fez atrasar as votações da Câmara.
Amazonas em alta
O Amazonas registrou aumento de 16,7% na produção industrial em janeiro, comparado com dezembro de 2023, aponta o IBGE. O número positivo destoa da média nacional, que apresentou recuo de 1,6%.
Lá se foi o livre-pensar
Nada como um “país democrático”. O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) observou que “não se pode mais chamar um ladrão de ladrão”. Reclamou que, apesar da inviolabilidade do mandato, foi intimado pela PF para explicar por que está convencido de que Lula é “ladrão”.
Novos tempos?
Duda Salabert (PDT-MG), que processou Nikolas Ferreira (PL-MG) por transfobia, pregou paz na Comissão de Educação da Câmara, agora presidida por Ferreira: “o tempo da fome não é o tempo da ideologia”.
Pirraça dobrada
Criticado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) por usar um tênis branco, tido como ridículo pelo parlamentar, no Senado, Cleitinho (Rep-MG) inovou. O senador trocou o pisante por um par na cor rosa.
Pensando bem...
...esta semana, em Brasília: duas festas, dois polos do poder.
PODER SEM PUDOR
Animal errado
No final dos anos 1970, quando Arena e MDB eram os partidos autorizados pela ditadura, vivia em Manaus um comerciante sírio, Salim, conhecido por “Jacaré”. Certo dia, às vésperas da eleição de 1978, recebeu uma ligação: “Aqui é Luís Humberto, da Comissão de Finanças da Arena. Estamos reunindo recursos para a campanha do vice-governador João Bosco, nosso candidato ao Senado. Precisamos de sua contribuição financeira.” Ele respondeu: “De jeito nenhum, patrício, a Arena só tem leão ou rato. Eu sou Jacaré.”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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