Governo acredita em avanço de pacote anti-STF; confira a coluna desta segunda (2)
“O governo está arrombando a população”
Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre rombo fiscal recorde de R$ 1,128 trilhão de Lula
Governo acredita em avanço de pacote anti-STF
A avaliação dentro do governo Lula é de que o pacote com propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) tem tudo para avançar na Câmara e, mais do que isso, com votos da base governista. Este já era o diagnóstico após a decisão do ministro Flávio Dino que pressionou o governo federal ao estipular 15 dias para que os ministros de Lula se virem e combatam os incêndios que destroem parte do País. Decisão de Alexandre de Moraes sobre o “X” agravou o quadro.
Por pouco
Na proposta sobre decisões monocráticas, tramitando na Câmara, só aos 45 do segundo tempo o governo conseguiu vista. Rejeição, impossível.
Sai pra lá
No caso de Dino, a expectativa era que o ministro empurrasse o abacaxi para os executivos estaduais, mas sobrou mesmo para o governo Lula.
Chove no molhado
Além do desgaste ao governo Lula, pouco muda. Boa parte do fogo está em área que não é da União e o pedido por Dino já estava sendo feito.
Interesse em alta
Outra proposta que ganhou atenção nos últimos dias é o fim do foro privilegiado, que retira do STF o julgamento dos parlamentares federais.
PL e PT são o que mais faturam multas eleitorais
Partidos que mais recebem verbas do fundão partidário e do fundão eleitoral, PL e PT também são os partidos que recebem os maiores valores decorrentes das multas eleitorais. Tudo porque o “Fundo de Assistência Financeira a Partidos Políticos”, nome de batismo do fundão partidário, é constituído por verbas do Orçamento, doações eventuais e também por “multas e penalidades pecuniárias” aplicadas. O PL levou R$ 5 milhões pagos em multas eleitorais em 2024, e o PT, R$ 3,7 milhões.
Top 3
O União Brasil, que tem três ministérios na Esplanada de Lula, fecha o pódio com R$ 3 milhões oriundos de multas eleitorais.
Calma, piora
O pior é que partidos estão autorizados a usarem verbas do fundão para pagar suas dívidas, após a aprovação da PEC da Anistia dos Partidos.
Tem para todos
Rede e PV são os partidos que menos receberam verbas oriundas de multas eleitorais. Ainda assim, levaram R$ 321 mil cada.
Era ruim, mas era bom?
Se o STF e ministros como Alexandre de Moras têm tanta raiva do “tóxico” X, deveriam ter desativado suas contas na rede social. Mas as mantiveram até o banimento, e ainda pagando para que ser verificadas.
Escafedeu
Tanto quanto o escândalo denunciado pela Folha sobre os métodos de Alexandre de Moraes na investigação dos seus alvos, também sumiu do noticiário a reviravolta no barraco do aeroporto de Roma.
Cangaço baiano
A Polícia Civil baiana não descarta motivação política em atentado contra a prefeita de Aporá, Carine de Ataíde (Avante), que tenta a reeleição. O motorista da política foi atingido de raspão na cabeça, mas passa bem.
Paraná decola
O governador Ratinho Junior (PSD) celebrou os bons números do mercado de trabalho do Paraná, 120 mil novas vagas entre janeiro e julho deste ano. É o melhor saldo desde 2021.
Reação
A Câmara quer que o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) explique o motivo de o delegado federal Raphael Soares pedir ao “X” dados pessoas do deputado André Fernandes (PL-CE) sem ordem judicial.
Na agenda
No climão provocado pela falta de comunicação ao Senado da escolha de Gabriel Galípolo para o Banco Central, o senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, nem mesmo se falaram para marcar a sabatina.
Cadê o dinheiro?
Famílias de ao menos 52 municípios do Amazonas relatam atraso no pagamento do programa Criança Feliz. O não pagamento fez o deputado Adail Filho (Rep-AM) cobrar o ministro Wellington Dias.
Apagão vem aí
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alerta que o Brasil pode parar. Lembra que 56% dos satélites operacionais são Starlink, de Elon Musk, “Até onde vai o ego, o orgulho e a vaidade de Alexandre de Moraes?”.
Pensando bem...
... geralmente poder político é submetido ao voto.
PODER SEM PUDOR
Medo do alto
Afonso Arinos de Melo Franco exercia o pior cargo para quem tinha pavor de avião: ministro das Relações Exteriores de João Goulart. Certa vez, ao concluir uma visita a Portugal, ele foi despedir-se do presidente anfitrião, Américo Tomás, que logo tocou no ponto fraco: “O senhor gosta de avião?” Ele admitiu: “Não muito, excelência.” Ao invés de tranquilizar o chanceler brasileiro, Américo Tomás fez um comentário que o atormentaria durante todo o percurso de volta: “É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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