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Governo põe em agência ex-deputada sem currículo; confira a coluna desta quinta (28)

“Passou da hora de o presidente estudar mais”
Senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) recriminando nova gafe do presidente Lula

Governo põe em agência ex-deputada sem currículo
Servidores acusam a ex-deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) de não atender requisitos mínimos para a boquinha que ganhou como diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, agência federal de Desenvolvimento Industrial. O estatuto da agência prevê formação superior “compatível com o cargo”, mas ela é formada em Licenciatura em História, que nada tem a ver com o cargo de R$ 37,3 mil e outras regalias. A agência chama de “orientação” o dispositivo estatutário. 
 
Barrada nas urnas

Perpétua foi punida nas urnas do Acre, quando tentou se reeleger em 2022, mas, com a vitória de Lula, arrumou a boquinha na ABDI.

Curso sofrido
A ex-deputada ingressou na faculdade em 2013, mas colou grau somente nove anos depois, em agosto de 2022.

Desqualificação
A falta de qualificação beneficiou o petista acreano Jorge Viana, aquele que estreou na presidência da Apex falando mal do Brasil na China.

São só detalhes
À coluna, a ABDI alegou que “o estatuto é uma orientação, mas não uma exigência” e que a lei que criou a agência não traz tal limitação. 

Ministros de Lula recebem remuneração de marajás
O Ministério Público Federal (MPF) recebeu representação contra os altos vencimentos recebidos ao menos por dez ministros do governo Lula (PT). A iniciativa questiona os pagamentos acima do teto constitucional para ministros como a deslumbrada Anielle Franco (Igualdade Racial) que, diz o texto, ganha mais de R$ 77 mil mensais. O jeitinho para turbinar os salários é participar de conselhos. Carlos Lupi (Previdência Social), por exemplo, abocanha jeton de R$ 4,7 mil em cada reunião.
 
A lista é grande
Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) também são citados por receberem remuneração de marajás.

Dupla autoria
A ação contra salários inflados é de Renato Battista (SP) e do ex-estadual Arthur do Val (ES), ambos do União Brasil.
 
Vida boa
“Os ministros usam da sua influência para garantir a nomeação, que lhes dão enorme remuneração e pouco trabalho”, alegam os denunciantes.
 
Tá feia a coisa
Contrário a qualquer chance de reversão no Carf (Conselho de Recursos Fiscais) de cobrança indevida de impostos, o ministro Fernando Haddad comparou empresário a bandido. E mostrou que ignora também o mais elementar princípio do Direito: “in dubio pro reo” (“em dúvida, pró-réu”).

Correndo para o abraço
Para muitos seria constrangedor, mas o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski parece à vontade ao assumir função no governo, nesta quinta (28), encrespando quem o acusa de ligação ao PT e a Lula. 

Pedida longa
O deputado Bibo Nunes denunciou o ministro Flávio Dino na PGR por fraude processual e crime de responsabilidade e exigiu acesso a HDs do Ministério da Justiça, de onde quer recuperar imagens do 8 de janeiro.

Caminho das pedras
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, promete jogo rápido na redução da fila de 2,3 milhões de pessoas à espera de benefícios. Seus principais aliados serão a tecnologia e a longa experiência na área.

Nunes aprovado
Aprovação positiva do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu os 60,8%; aponta levantamento do Paraná Pesquisas. O marcador subiu em relação a última pesquisa, quando o número já era alto, 56,7%.

Assédio impune
A cafungada e a “encoxada” do deputado Márcio Jerry (PcdoB-MA) na colega Júlia Zanatta (PL-SC), que em São Paulo rendeu cassação de deputado, ficou impune na Câmara, apesar do flagrante filmado.

Embate
Contra a interferência do STF no Legislativo, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) anunciou na Câmara que PL e Novo, além da Frente do Agro, irão “entrar em obstrução” e não votar nada. “O copo transbordou”, diz.

Esquerda rachada
O Psol da Bahia entregou cargos e abandonou oficialmente o governo do petista Jerônimo Rodrigues. O motivo é a atuação da polícia militar do Estado, que mata como quem troca de roupa.

Pensando bem...
...a Câmara já incorporou xingamentos e assédio sexual ao decoro parlamentar.

PODER SEM PUDOR
Um político generoso

Deputado pelo Rio Grande do Norte, Djalma Marinho era reverenciado pelos colegas, mas, nos anos 1980, foi derrotado na disputa para presidir a Câmara. Ele já tinha a idade avançada e a saúde debilitada, por isso os amigos José Sarney e Prisco Viana o visitaram preocupados. “Estamos aqui para pedir você não guardar ressentimentos”, disse Sarney, boa-praça. “Vocês não me conhecem”, respondeu Marinho, com largo sorriso. “Em toda a vida eu não consegui guardar dinheiro, como vou guardar ressentimentos?” Ele morreria logo depois. Sem ressentimentos.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br

As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.

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