Lula deve retaliar União Brasil demitindo ministro; confira a coluna desta terça (6)
“Ele é um completo idiota”
Governador do DF, Ibaneis Rocha, sobre os ataques do ministro Rui Costa a Brasília
Lula deve retaliar União Brasil demitindo ministro
O governo chama de “traições” os votos do União Brasil que fizeram a turma de Lula passar sufoco, por isso a retaliação é dada como certa. Bancada conservadora, cuja maioria apoiou a reeleição de Bolsonaro, o União não se importa muito com a ameaça até porque não se sente representada pelos ministros do partido. Líderes que falaram com Lula ontem (5) dão como certa a saída de Juscelino Filho (Comunicações) ou de Daniela Carneiro (Turismo), que inclusive tem um pé fora do União.
Raio-X da traição
Na votação da MP dos ministérios, 15 votos do União foram contra o governo. No marco temporal, foram 48 votos contrários.
Troca-troca
Para rifar Daniela, que tem tudo para se filiar ao Republicanos, o União Brasil tenta uma troca. Perdendo um ministério, quer uma estatal.
Líder dele mesmo
Os deputados dizem não ter sido consultados e acusam o senador Davi Alcolumbre (AP), que nada lidera, de usar o nome do partido em vão.
Pouco muda
As mudanças não animam todos. O ex-ministro e deputado Mendonça Filho (PE) defende que o União Brasil continue independente.
Lula e PT ainda ignoram soco do capanga de Maduro
Uma semana depois do soco covarde de um capanga do ditador Nicolás Maduro na jornalista Delis Ortiz, na terça (30), a cúpula petista não foi capaz sequer de balbuciar solidariedade à vítima. Nem o presidente Lula, tampouco sua mulher ativista ou a ministra da Mulher, a presidente do PT, qualquer das parlamentares petistas e nem as ONGs de defesa da mulher ou dos direitos humanos, todas aparelhadas pelo partido de Lula. Devem estar tentando achar uma “narrativa” que substitua o fato.
Alvo de vingança
Em discurso, o deputado José Medeiros (PL-MT) sustenta que a repórter, de ascendência venezuelana, é vítima de vingança do ditador bandido.
Ditador intolerante
Medeiros era um dos senadores que foram a Caracas em junho de 2015 pedir liberdade para presos políticos e torturados. A repórter cobriu o fato.
Banditismo chavista
Os capangas de Maduro expuseram a comitiva a risco de morte. Foi um escândalo internacional. O resgate do grupo se deu sob forte pressão.
Palmas de encomenda
Lula já desconfiava das intenções eleitorais da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), mas ontem teve certeza. Em comissões na Câmara ou em factoides no Planalto, ela sempre se faz acompanhar de claque.
Defesa de Brasília
O senador Laércio Oliveira (PP-SE) é voto certo na proteção dos direitos de Brasília ao Fundo Constitucional, que o governo Lula tenta usurpar. “Sou por Brasília”, disse ele ontem, enfatizando sua posição.
Preço da vaidade
É uma “sac de jour” da Yves Saint-Laurent, e custa R$21 mil, a bolsa da procuradora Carla Souza, do MP de Goiás, no vídeo em que reclama do salário de R$37,5 mil mensais suficientes só para pagar suas “vaidades”.
Brasília essencial
O senador Eduardo Gomes (PL-TO) defende a recomposição do Fundo Constitucional: “o DF tem características únicas, não é um Estado.” Acha o Fundo essencial a Brasília, assim como Brasília essencial ao Brasil.
Era esperado
Ex-pré-candidato a prefeito em São Paulo, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) disse que “tomou uma rasteira” do seu partido e do presidente, Valdemar da Costa Neto. Conclusão: não será candidato em 2024.
Regulação
A inteligência artificial entrou na mira do Conselho de Comunicação Social do Congresso, que quer regular a tecnologia. Uma das propostas de regulação é do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Fundo na pauta
A bancada e ex-governadores do Distrito Federal fazem nova ofensiva nesta terça-feira (06) contra as mudanças no Fundo Constitucional. Serão recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Arranjo
O café da manhã do presidente da Câmara, Arthur Lira, com Lula, nesta segunda-feira (5), foi arranjado dias antes, quando a Câmara votava a Medida Provisória dos ministérios. O convite partiu do petista.
Pensando bem...
...a ‘ilha da fantasia’ em Brasília tem a ver com a função, não a geografia.
PODER SEM PUDOR
Tabuada petista
Matemática não era o forte do cacique petista José Dirceu. Em dezembro de 1996, ele presidia uma reunião do PT, em Brasília, e decidiu objetivar as discussões, fixando um máximo de 15 minutos para cada tema. Diante de quatro inscritos para o primeiro assunto, ele se socorreu de uma máquina de calcular e sentenciou: “Cada um falará 3 minutos e 75 segundos!”. Alguém lembrou que 3m75s são, na verdade, 4 minutos e 15 segundos, ele aceitou a conta. A soma deu 17 minutos. Ninguém se deu conta do erro.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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