PT veta Gonet com objetivo de ‘aparelhar’ PGR; confira a coluna desta quarta (22)
“O que Janja fez para receber a maior honraria do Brasil?”
Deputado Coronel Meira (PL-PE) após Janja receber a Ordem do Rio Branco
PT veta Gonet com objetivo de ‘aparelhar’ PGR
Na tentativa de aparelhar a Procuradoria Geral da República (PGR), colocando-a a serviço dos seus interesses, sobretudo para blindar seus políticos de investigações e condenações, como nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato, o PT pressiona o presidente Lula a “esquecer” a indicação do favorito à PGR, Paulo Gonet, indicado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula já não estava confortável com tanto poder concedido a Gilmar e decidiu “repensar”.
Assassinato de reputações
A máquina petista que o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr chamou de “assassinato reputações” foi acionada para detonar Gonet.
Dossiês contra Gonet
“Juristas” e entidades de representação duvidosa, todas controladas pelo PT, passaram a produzir dossiês de decisões “conservadoras” de Gonet.
Indicação sobe no telhado
A pressão levou Lula a “segurar” a decisão para seu retorno de viagem ao exterior, sinalizando que o indicado de Gilmar “subiu no telhado”.
PT tem memória seletiva
Os petistas esqueceram rápido do papel de Paulo Gonet durante a campanha eleitoral de 2023, na condição de procurador geral eleitoral.
Governo turbina emendas para aprovar pacote
Assessores do ministro da Fazenda têm batido ponto na Câmara para aprovar ao menos parte da pauta econômica de interesse do Planalto. No pacote de promessas, o governo já prevê o aumento das emendas impositivas e de bancadas no Orçamento do próximo ano. A ordem é apertar para votar na próxima semana, na Câmara, o projeto sobre as subvenções do ICMS. A pressa para votar tem bilhões de motivos: o projeto tem potencial de bater a carteira do contribuinte em R$ 35 bilhões.
Tête-à-tête
A pressa fez o próprio ministro entrar em campo e tratar sobre o assunto diretamente com o dono da pauta, presidente da Câmara Arthur Lira.
Bilhões em jogo
Para emendas de bancada e individuais, o Orçamento separou R$ 37,6 bilhões, valor que, pela aprovação do texto, deve aumentar.
O tempo urge
Se não votar na próxima semana, o governo terá 15 dias úteis para votar o texto até a Câmara encerrar as atividades de 2023.
Só pode ter sido gozação
Foram tão exageradas e desproporcionais as palavras usadas pelo Ministério das Relações Exteriores para bajular Janja, concedendo-lhe uma comenda, que se suspeita ter sido gozação do redator do ato.
‘Lacron’ é um perigo
O deputado Dr. Yglesio Moyses esteve na Comissão de Segurança da Câmara para dizer que é “um deboche” Flávio Dino ministro da Justiça, que arruinou a segurança pública no Estado. Ele chama Dino de “Lacron” e adverte: o “mentiroso contumaz” no STF seria um perigo para o País.
Faltam 24
A morte de Clériston Cunha, preso após o 8 de janeiro e morto na Papuda, deu fôlego para oposição instalar a CPI do Abuso de Autoridade, com foco no STF. Já tem 147 das 171 assinaturas necessárias.
Liturgia
Ausência de Lula na posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, foi criticada por Ciro Nogueira (PP-PI), que cobrou liturgia do cargo: “O Brasil não é o PT e o PT não é o Brasil”, lembra o senador.
Senado deve agir
O deputado José Medeiros (PL-MT) cobrou que o Senado aja após a morte evitável na Papuda. O parlamentar lembrou que “quando algo assim acontece na primeira instância, o juiz é aposentado”.
Mais um
Alvejado pela Lava Jato, o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) conseguiu na Justiça o arquivamento do processo por improbidade administrativa. O Ministério Público paranaense vai recorrer da decisão.
Recebidos
O senador Humberto Costa (PT-PE) protocolou projeto para que órgãos que receberem relatório final de CPI acusem recebimento e providências adotadas. Cita que muitos desses documentos morrem na praia.
Democracia fake
Condecoração do ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) após morte de Clériston Cunha na Papuda foi criticada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), “no governo Lula, democracia é de mentira”, avaliou o senador.
Pensando bem...
...ministro dar bolo no Congresso já foi mais raro.
PODER SEM PUDOR
A rapadura de Jânio
Transcorria o 16 de junho de 1961 quando o presidente Jânio Quadros recebeu o prefeito de Sobral (CE), Padre Palhano, que levou a ele dois presentes típicos: uma garrafa de cachaça e um pedaço de rapadura. Após a audiência, seu secretário particular, José Aparecido, insinuou que adoraria ficar com os presentes. Jânio fez mais um de seus trocadilhos: “Tome a cachaça, José. A rapadura, porém, eu não entrego.” Só a entregaria 70 dias depois, ao renunciar à presidência da República.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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