Reoneração da folha não engata no Congresso; confira a coluna desta segunda (22)
“Lula e seu governo estão cada dia mais incoerentes e irracionais”
Senadora Tereza Cristina (PP-MS) sobre insistência pelo aumento de impostos
Reoneração da folha não engata no Congresso
Nomes estratégicos para que o governo Lula consiga emplacar a desejada reoneração da folha de pagamentos, que penaliza 17 setores que mais empregam no Brasil, foram ouvidos pela coluna e garantem que a sanha arrecadatória do ministro Fernando Haddad (Fazenda), não corre o risco de prosperar na Câmara ou no Senado. “Não há o que se rediscutir sobre desoneração”, afirmou o senador Efraim Filho (União-PB), autor do texto que prorroga o benefício até 2027.
Recado dado
“Não foi um resultado apertado”, lembra Efraim ao sacar o largo placar que derrubou o veto de Lula no Senado: 60 a 13.
Reonerar, não
Para o senador, o debate possível no Congresso, com diálogo e votos, é um projeto de lei sobre medidas compensatórias.
Salto alto
A MP foi mal-recebida no Congresso e deve ser revogada pelo Planalto. “O governo estava arrogante”, afirma Joaquim Passarinho (PL-PA).
Ampliação
Passarinho, que é presidente da Frente do Empreendedorismo, diz que, além de manter a desoneração, quer “até ampliar” os beneficiados.
Prefeituras viram arma do PSB contra cortes de Lula
Único partido que fechou 2023 com espaço na Esplanada menor do que começou o ano, o PSB vê nas eleições municipais deste ano a chance de colocar a faca no pescoço de Lula (PT). Os principais trunfos do partido estão no Recife, que vai de João Campos tentando a reeleição, e em São Paulo, onde insistirá na candidatura de Tabata Amaral. Na capital pernambucana, as negociações são conduzidas pelo senador Humberto Costa, que tenta garantir para o PT a indicação da vice.
Apoio caro
Nem mesmo no PSB-SP acreditam que o partido leve a prefeitura. O negócio é que Tabata, do PSB, deve roubar votos da chapa Psol-PT.
Trunfo
O partido insinua que pode lançar Datena como vice de Tabata. O popular apresentador se filiou ao PSB em dezembro.
Mágoas e mais mágoas
O PSB se ressente pelo rebaixamento de Márcio França, enfiado no nanico Micro e Pequenas empresas, e por perder o Ministério da Justiça.
Emergência depois
Carlos Portinho (PL-RJ) diz que será no dia 29 a reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (que está Suíça), para tratar da ação da PF na casa do líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy.
Apoio de longe
Assinam a nota pública contra a ação da PF contra o líder da Oposição na Câmara, Carlos Jordy, mas os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) estão em Washington (EUA), na “March for Life”.
Milei bombando
O discurso do argentino Javier Milei no Fórum Econômico Mundial fez tanto sucesso, que ganhou traduções múltiplas e até postagem de Elon Musk, aquele que restabeleceu a liberdade no ‘X’, antigo Twitter.
Desproporcional
A Coreia do Norte, admirada por petistas, condenou a 12 anos de prisão adolescentes que ouviam música K-Pop, muito popular na Coreia do Sul. Lembra a pena do deputado brasileiro que criticou a Justiça em vídeo.
Elogio ou crítica?
Na Bahia, Lula disse que Jerônimo Rodrigues (PT), cujo governo enfrenta onda de violência que já provocou centenas de mortes, passou “o 1º ano só colhendo o que foi plantado ao longo dos outros anos”.
Ainda na ativa
Se quer mesmo virar a secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo precisa correr. Fechou a semana sem apresentar pedido de aposentadoria do Ministério Público. A lei proíbe o acúmulo das funções.
É golpe!
Desta vez foi Damares Alves (Rep-DF) vítima de golpistas que usam o nome da senadora. Bandidos criaram canais no Telegram e vendem consultoria para investimentos em bitcoins e produtos financeiros.
Caminho da volta
Provável nome dos republicanos para a eleição de novembro, Donald Trump deve ter a candidatura confirmada pela Suprema Corte, segundo avalia Emanuel Pessoa, especialista em Direito Internacional.
Pensando bem...
...tudo bem enquanto Lula apenas imitar o “look” de Hugo Chávez, como em Abreu e Lima; problema será agir como o ditador.
PODER SEM PUDOR
Brasil não é Cuba
Os jornalistas Ivanildo Sampaio e Ernani Régis contam no livro “Quincas Borba no Folclore Político” a reunião de Leonel Brizola com amigos, em 1982, quando decidiu disputar o governo do Rio de Janeiro. Um jovem esquerdista insistia para que o manifesto de lançamento da candidatura propusesse reforma agrária e distribuição de renda radicais. Com a prudência curtida em anos de exílio e sofrimento, Brizola descartou: “Meu filho, o Brasil não é Cuba nem a burguesia brasileira cabe em Miami.”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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