Coluna entrevista o engenheiro Fernando Braga e Silva
A coluna desta semana entrevista: Fernando Braga e Silva, engenheiro eletrônico (UFPE), mestre em gesta~o pu´blica e poli´ticas pu´blicas (University of London/SOAS). Consultor em gesta~o organizacional por 10 anos na TGI (sócio-licenciado). Atualmente e´ diretor adjunto do Instituto Fernand Braudel. Tem mais de 40 artigos publicados em jornais de Pernambuco e é coautor do livro "O Imip e a Crise: êxitos e desafios", em parceria com Ricardo de Almeida. É associado fundador da Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) e do Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais e Diplomacia Econômica (Iperid). Foi membro do Núcleo Executivo do movimento social Observato´rio do Recife por 6 anos.
Recebi recentemente do Instituto Fernand Braudel o livro “Círculos de Leitura: A arte do encontro”. O que faz o Instituto?
O Instituto surgiu com a proposta de debater ideias e produzir propostas para os problemas institucionais do Brasil e da América Latina. Hoje, além dos seminários, pesquisas e publicações, também desenvolvemos atividades no campo da educação com os Círculos de Leitura.
Como foi esta transição?
Na realidade, o Instituto tem a proposta de ser um think tank e “do tank” e este programa teve sua origem numa pesquisa, feita nos anos 2000 em Diadema sobre a violência na periferia e as escolas. Com o feedback da prática, o programa se consolidou e vem se aperfeiçoando há 18 anos.
Qual é o público deste programa?
Trabalhamos com jovens de escolas públicas nos anos finais do Fundamental II e no Ensino Médio. Também fizemos alguns trabalhos em escolas privadas, como o Colégio Poliedro, em São José dos Campos.
Que resultados vocês têm obtido?
Vamos bem além da leitura, contribuindo para o desenvolvimento de competências socioemocionais dos jovens. Eu dou um destaque especial à liderança, pois formamos multiplicadores que coordenam grupos, mediam conflitos, promovem a participação e o interesse e acompanham conosco a evolução dos grupos. Atualmente atendemos 16 mil jovens em mais de 100 escolas em todo o Ceará (começamos lá em 2012) e em torno de 1.500 jovens em 15 escolas da periferia de São Paulo. Como bom pernambucano, tenho como “questão de honra” trazer o projeto para nosso estado.
O Instituto Fernand Braudel tem mais planos para Pernambuco?
Com certeza! Estamos trabalhando junto com o Iperid para estruturar outras atividades em parceria.