'O ano começa após o Carnaval'!
O movimento gerado pelo turismo nacional, internacional e o comércio paralelo às festividades compensa ou não? Se olharmos para 2017, ano de recessão, as atividades turísticas ligadas ao carnaval estavam projetadas para movimentar, aproximadamente, R$ 5,8 bilhões, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este mesmo levantamento demonstrou que os serviços de alimentação em bares e restaurantes poderiam responder por 57,3% da receita ou o equivalente a R$ 3,31 bilhões.
O dado que é importante, neste nosso contexto, são as projeções feitas para alguns estados da região Nordeste como Bahia (R$ 308,7 milhões), Ceará (R$ 140,3 milhões) e Pernambuco (R$ 131,4 milhões). Para este ano, a projeção do Ministério do Turismo é de que o Carnaval 2018 injetará R$ 11 bilhões na economia brasileira, resultado de um recorde na movimentação turística, com 10,69 milhões de viajantes brasileiros e 400 mil turistas internacionais.
Ainda segundo a pasta, as cidades mais procuradas serão: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Recife e Olinda (PE). Juntos, estes seis destinos serão responsáveis por 65% de toda a movimentação financeira no período: R$ 7,4 bilhões.
“Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida, eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma”. Clarice Lispector
Em Pernambuco, se confirmada a estimativa, o frevo deverá ser o responsável por embalar a festa nas ruas dos municípios. O estado espera receber 1,7 milhão de foliões e arrecadar R$ 1,2 bilhão. A ocupação hoteleira também trará números altos para 2018 e chegará a 95%.
Mas afinal, após verificarmos estes números, ainda fica o sentimento que “o ano só começa após o Carnaval”? “Se a única coisa de que o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano”. Graciliano Ramos
Empresário há 35 anos, Rainier Michael tem ampla experiência em trocas internacionais. O trabalho realizado por ele junto ao consulado esloveno, e designado “Diplomacia Econômica”, interpreta sob uma visão humana o desenvolvimento e o crescimento do Nordeste. Paulista de nascença, Michael se mudou para Pernambuco há dez anos, quando seus negócios no Estado cresceram de forma a tornar indispensável sua presença aqui. Seu comparecimento nos mercados pernambucanos, entretanto, é mais antigo do que isso. Antes de assumir o consulado, já era representante da Sociedade Brasil-Alemanha no Nordeste. É destacável, também, sua atuação enquanto presidente do Rotary Club Recife. ([email protected])
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