O “capitalismo pode ser consciente”?
Com esta chamada, gostaria de apresentar um conceito importante e relativamente novo no Brasil, que é reforçado neste momento de pandemia que vivemos conectando diretamente ao tema desta coluna “Diplomacia Econômica”.
Segue entrevista com Thomas Eckschmidt CEO e Cofundador CBJourney, a maior rede internacional consultores de capitalismo consciente presente em 13 paises, Ex-Diretor Geral e Fundador do movimento Capitalismo Consciente no Brasil e no Peru e Autor do livro Jornada ao Capitalismo Consciente (CBJ 2020 – Best Seller AMAZON)
Capitalismo e consciência na mesma frase ou lado a lado pode parecer um oximoro, mas não o é!
Quando olhamos para um empreendedor, a grande maioria vem com uma ideia de fazer algo melhor, um produto melhor, um serviço melhor, melhorar a sua vida, a de sua família, ou até mesmo os mais altruístas que buscam melhorar o mundo. Isso por si só já é o primeiro fundamento de um capitalismo mais consciente. Grande parte dos empreendedores começam com recursos limitados e por isso buscam entender seu ecossistema e fazer parcerias para crescer forte. Chegamos no segundo fundamento. Depois começa a sua forma de operar que já demonstra o terceiro fundamento e a liderança focada na intenção de melhorar algo é o quarto fundamento de um capitalismo consciente.
Tudo isso ocorre de maneira inconsciente e digo isso com a experiencia de empreendedor. Depois que entrei em contato com essa filosofia, reconheci que eu era um capitalista consciente “inconsciente”. Reconhecer que todo empreendimento tem uma:
CAUSA, que vai além do resultado financeiro. Que se propõe a fazer algo melhor. Isso é reconhecer que existe um propósito evolutivo por trás do seu negócio e o lucro é consequência do seu sucesso.
LIDERANCA, você que empreende, lidera de forma a servir a sua causa. Todo empreendedor defende com unhas e dentes a sua ideia, o seu potencial. Isso é uma expressão do que chamamos de liderança servidora.
INTERDEPENDÊNCIA, quando empreendemos, reconhecemos a limitação de recursos e por isso buscamos parcerias com clientes, fornecedores, colaboradores. Criamos maneiras criativas de viabilizar nossa ideia. Isso é a integração dos stakeholders, trabalhando como ecossistema.
CULTURA, a forma que operamos, primeiro com valores pessoas do fundador e em seguida de u coletivo a favor da causa, da ideia proposta cria o que chamamos de cultura responsável.
E por fim, o ultimo elemento, quando empreendemos, claro, buscamos o resultado financeiro para manter a sustentabilidade do negócio, principalmente porque se não geramos lucro somos responsáveis socialmente, colocando em risco diversos stakeholders de nosso ecossistemas e também as famílias deles. Mas aquela ideia de Milton Friedman, prêmio Nobel da Economia da década de 60, que dizia “o único propósito de uma empresa é gerar lucro para os acionistas” NÃO ESTÁ ERRADA apenas INCOMPLETA. Hoje reconhecemos que precisamos gerar valores em múltiplas dimensões para múltiplos stakeholders, a ideia do Ganha-Ganha-Ganha com valores como social, ambiental, emocional, de conhecimento, tecnológico, e assim por diante. Valor financeiro é apenas uma dimensão do valor que pode ser gerado por uma organização.
Então, se essa conversa ainda não deu um “CLICK” (Causa, Liderança, Interdependência, Cultura e Valor), e você ainda acha que essa ideia é coisa de “abraçadores de arvores”, você está muito enganado. Nossas pesquisas indicam que as empresas que aplicam esta filosofia de maneira pragmática e consciente alcançam resultados financeiros de até 10 vezes maior que a média de mercado (comparado com índice S&P500 em períodos de 15 anos).
Se você está interessado em saber mais, adquira a sua cópia do Best Seller da Amazon, Jornada ao Capitalismo Consciente e aproveite a oportunidade de recuperar a sua organização, pois o que notamos é que as empresas que aplicam esta filosofia, saem fortalecidas das crises. E as únicas coisas garantidas na vida são: vamos morrer um dia, vamos pagar impostos e vem outra crise pela frente. Se esta crise está difícil, você nem imagina o que vem pela frente daqui a 5 a 10 anos. Você esta preparado?