O Legislativo e a Diplomacia Econômica – entrevista dep. Aluísio Lessa
Esta semana trago a importante visão e exemplo de desenvolvimento econômico sustentável e diplomacia econômica, estes da casa de Joaquim Nabuco, a casa de todos os Pernambucanos.
Precisamos conhecer melhor as nossas instituições, as pessoas que nos representam e seu complexo funcionamento para entendermos de que forma apoiar o trabalho que está sendo desenvolvido. Este trabalho é de todos nós Pernambucanos e não restrito a uma linha de pensamento.
Os anseios do povo devem ser reverberados dentro da casa de Joaquim Nabuco, grande pernambucano e diplomata, o primeiro embaixador brasileiro em Washington.
Na entrevista com o economista e deputado Estadual Aluísio Lessa (PSB), atual presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa de Pernambuco, veremos a visão e desdobramentos desta importante comissão e suas atividades.
Como o deputado vê a diplomacia econômica?
Por se opor a uma diplomacia estritamente política, o conceito de diplomacia econômica prima pela globalização da economia mundial. Na diplomacia econômica temos que trabalhar em duas vertentes muito latentes, que são: As políticas externas econômica e comercial, que visam o relacionamento bilateral, regional e multilateral; e a promoção internacional imagem do território, das exportações de bens e serviços e do investimento direto estrangeiro.
Tendo como foco a internacionalização da economia, a diplomacia econômica é uma prioridade estratégica central em matéria de política externa, sendo essencial para o crescimento da economia e do bem estar do Estado por meio do desenvolvimento do comércio exterior. Temos que batalhar forte neste sentido.
Como a Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo pode ajudar neste sentido?
Em nossa gestão à frente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe [Assembleia Legislativa de Pernambuco], temos diversos exemplos de atuação da diplomacia econômica. Recentemente, participamos da vinda de uma comitiva com 23 representantes de países da União Europeia para conhecer o Estado e estreitar as relações econômicas entre Pernambuco e a Europa. Também apresentamos aos parlamentares o projeto da casa de Pernambuco no Porto, espaço em local estratégico do Velho Continente para divulgar a cultura e as tradições do nosso estado. A nossa comissão promove o debate e mediar o contato entre o capital estrangeiro e Governo de Pernambuco visando gerar mais desenvolvimento, emprego e renda para os pernambucanos.
Vale reforçar que a comissão também teve papel protagonista na mobilização para trazer o HUB da Latam e o HUB da Azul para Pernambuco que irá proporcionar um maior número de voos internacionais e nacionais. Além disso, atuamos forte na articulação junto a Suape para facilitar as tratativas econômicas com o corpo diplomático de vários países.
Quais os principais desafios e entraves?
Diversos países impõem restrições às importações e outras barreiras comerciais como forma de proteger os produtores locais, o que torna a diplomacia econômica imprescindível. Para superar os entraves, é necessário muita articulação política para derrubar a rejeição previamente estabelecida. No caso de Pernambuco, há uma gama de benesses voltadas para o comércio exterior, como o fato de o estado ser um dos pontos de maior proximidade da América do Norte e da Europa. No caso do nosso estado, estamos avançando por meio da diplomacia, onde temos a perspectiva de apresentar as nossas vantagens perante a desconfiança que é intrínseca em determinadas partes do globo.
Semana passada coloquei a visão do judiciário, em especial da Escola de Magistratura de Pernambuco (Esmape). Da mesma forma, esta semana trago a contribuição do legislativo, Alepe, no desenvolvimento do estado, demonstrando que o processo de amadurecimento de uma “cultura de diplomacia econômica” depende de um trabalho sustentável e equilibrado entre os três poderes.
A coluna tem o objetivo de ser um canal aberto para as entidades públicas e privadas que vislumbram um horizonte melhor para nosso estado, dentro do contexto global.
Participe, opine e mande a sua sugestão.
“Estou cada vez mais convencido de que o que move os homens não são as metas, ou sequer os objetivos. São, isso sim, as esperanças...” Samuel Johnson – Dicionarista e escritor Irlandês que viveu no século XVII.
Empresário há 35 anos, Rainier Michael tem ampla experiência em trocas internacionais. O trabalho realizado por ele junto ao consulado esloveno, e designado “Diplomacia Econômica”, interpreta sob uma visão humana o desenvolvimento e o crescimento do Nordeste. Paulista de nascença, Michael se mudou para Pernambuco há dez anos, quando seus negócios no Estado cresceram de forma a tornar indispensável sua presença aqui. Seu comparecimento nos mercados pernambucanos, entretanto, é mais antigo do que isso. Antes de assumir o consulado, já era representante da Sociedade Brasil-Alemanha no Nordeste. É destacável, também, sua atuação enquanto presidente do Rotary Club Recife.
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