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Pernambuco GLOCAL

Bandeira de Pernambuco - Reprodução

Não se preocupe, não houve um erro de grafia no título. 

Mas afinal que é GLOCAL?

Podemos definir GLOCAL como o intercâmbio entre valores culturais globais e locais, gerando um terceiro valor, enfatizando, simultaneamente, os dois primeiros. Este termo já existia antes da pandemia e é o resultado de um mercado cada vez mais multilateral, conectado e digital. 

Nenhum país, região, estado ou cidade, não importa o seu tamanho, pode crescer e se desenvolver sozinho. “A necessidade de um novo multilateralismo GLOCAL baseado na DIPLOMACIA ECONÔMICA, este, conceito das relações internacionais que não apenas responde pelos fins comerciais das partes envolvidas, mas, interpreta sob uma visão humana, com reponsabilidade sócio ambiental, o desenvolvimento e o crescimento das regiões ou países envolvidos”. Rainier Michael 

Esta consciência foi evidenciada de forma dolorosa pela pandemia, sendo prioritária para um cenário pós-pandemia. Como indivíduos precisamos repensar nossas competências como, por exemplo:

Profissionais: 

PROPÓSITO - ter propósito está relacionado a identificar objetivos ligados ao caráter e virtudes de uma pessoa. Tem efeito positivo na motivação, comportamento e bem-estar. 
Emocionais: 

CURADORIA - seria, no âmbito pessoal e profissional, a capacidade de identificar as informações, experiências e conhecimentos mais relevantes e estratégicos para o desenvolvimento de alguém e de seus projetos de vida.
Tecnológicas:

COOPERAÇÃO - no mundo digital, essa cooperação ocorre cada vez mais em formatos inovadores, como em redes sociais, grupos de conversa e cooperação online, tornando-se um recurso estratégico para pessoas e organizações.

Devemos ter consistência e realismo para manter a esperança, perguntando-nos como prosseguir em temas fundamentais como saúde, cyber segurança e preservação do meio ambiente. 

A “Diplomacia Econômica” tem encontrado um campo de sinergia muito grande com um movimento que tem ganhado força no mundo chamado de “Capitalismo Consciente”. 

“Capitalismo e consciência na mesma frase ou lado a lado pode parecer um oximoro, mas não o é!

Quando olhamos para um empreendedor, a grande maioria vem com uma ideia de fazer algo melhor, um produto melhor, um serviço melhor, melhorar sua vida, a de sua família. Para os mais altruístas, empreender significa melhorar o mundo. Isso por si só já é o primeiro fundamento de um capitalismo mais consciente. Grande parte dos empreendedores começam com recursos limitados e por isso buscam entender seu ecossistema e fazer parcerias para crescer forte. Chegamos no segundo fundamento. Depois começa a sua forma de operar que já demonstra o terceiro fundamento e a liderança focada na intenção de melhorar algo é o quarto fundamento de um capitalismo consciente”. Thomas Eckschmidt Cofundador CBJourney, a maior rede internacional consultores de capitalismo consciente presente em 13 países, Fundador do movimento Capitalismo Consciente no Brasil

Não podemos apenas sair desta pandemia da mesma forma como entramos, precisamos aproveitar a oportunidade para mudar, de forma positiva, nosso futuro. Precisamos reforçar e apoiar aqueles que visam, através de suas atividades profissionais, o bem do próximo e do meio ambiente. Pessoas, empresas, estados e nações precisam criar e cumprir regras claras baseados em uma visão da Diplomacia Econômica e do Capitalismo Consciente. 

A sociedade civil, empresarial e governamental de Pernambuco, ainda tem um longo caminho a percorrer para aproveitar toda a potencialidade criada pela criação do HUB diplomático do Nordeste, terceiro logo após Brasília e São Paulo, trazendo uma competividade estratégica não apenas na região ou no Brasil, mas dentro da geopolítica mundial.

Como privilegiados que somos, com uma das maiores áreas costeiras do mundo, precisaríamos utilizar melhor e de forma estratégica o “oceano” que muito nos influenciou com as várias matrizes étnicas e culturais criando uma diversidade cultural única no mundo.

- Devemos utilizar este “Oceano Azul” de oportunidades de 4 formas:

- Desbravando o mercado Inexplorado

- Criando a capturando nova demanda

- Expandindo Fronteiras Setoriais

Inovando com Valor
Precisamos valorizar mais o que é nosso, inovando com valor, expandindo nossas fronteiras setoriais, capturando novas demandas de mercados em rápida expansão em mercados inexplorados, criando uma marca GLOCAL, ou seja, um produto padrão GLOBAL com DNA LOCAL. Em países do primeiro mundo, impulsionados pela pandemia, consumidores, empresariado e governo tem, de forma conjunta, apoiado a produção, turismo e serviços locais com “padrão internacional”. 

A marca ou, ainda poderíamos dizer, a denominação de origem de um produto ou serviço, que seja sustentável, é um grande diferencial competitivo. Na Europa, nos supermercados, os produtos dizem, claramente, não apenas o nome e região do fabricante, mas divulgam a foto do produtor em seu local de trabalho. Selos e campanhas publicitárias “Made in ...” estão por toda a parte e em todos os produtos e serviços fortalecendo ainda mais a Diplomacia Econômica - GLOCAL. 

Precisamos, como sociedade civil, empresarial e representativa, criar um “Canvas” para a construção estratégica da marca “Made in Pernambuco”, urgentemente, se não quisermos perder o tempo da rápida transformação que vivemos e que muito já estão se adaptando com seus produtos e serviços GLOCAIS.

Precisamos mapear nossos propósitos, indicadores, diferenciais, promessas, benefícios, nichos entre outros e, finalmente, definir a missão, valores e visão do que é ser Pernambucano ou “Made in Pernambuco”.

Temos potencial, história, legado, um povo resiliente e, acima de tudo, carregamos, como poucos, a alegria e o orgulho de sermos Pernambucanos.

 

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