Planejamento Estratégico e o futuro da democracia
É raro, nos dias atuais, uma empresa que, de alguma forma, organiza e dá prosseguimento ao seu planejamento estratégico, mesmo que de forma empírica.
Resumidamente, Philip Kotler define Planejamento Estratégico como um processo
administrativo e gerencial. Trata-se de uma metodologia capaz de estabelecer a direção a ser tomada pela empresa, com o objetivo de integrá-la ao seu ambiente de atuação.
Segundo Idalberto Chiavenato, o Planejamento é a primeira das funções administrativas e é a que determina, com antecedência, quais são os objetivos a serem atingidos e como alcançá-los.
Há pouco tempo atrás, a professora do meu filho de 12 anos, em reunião de alinhamento com os pais, afirmou que um aluno desta idade precisaria ser capaz de realizar 40 operações das quatro básicas (somar/dividir/multiplicar e subtrair) de matemática em 5 minutos. O motivo: para resolver problemas mais elaborados, as operações básicas precisam estar consolidadas.
Um exemplo simples do quão necessário é o processo, sua consolidação, para a garantia do sucesso. Isso deveria ser aplicável em todas as esferas da vida.
Temos escutado muito sobre planejamento estratégico, governança corporativa,
“compliance”, no meio empresarial. E é notório o descolamento da realidade dos governos nestes três quesitos, em anos luz.
Não há mais espaço para o “jeitinho” ou a “Lei de Gerson”. Estes devem ser apagados de nossa cultura corporativa e política, sem nenhuma dó.
Observo, preocupado, a lentidão de como o mundo político acompanha, com muita dificuldade, a velocidade das mudanças, principalmente, nas sociedades “democráticas”, em relação as demandas e mudanças que a sociedade está clamando.
A democracia precisa se reinventar, com mais velocidade, pois o “povo” necessita olhar para seus representantes e se sentir representados.
A falta de uma clara liderança política que traga valores de estado, acima de vontade políticas e ou politizadas, é uma necessidade urgente para não cairmos nas garras do populismo eleito de forma democrática.
Empresário há 35 anos e Presidente do Iperid (primeiro THINK TANK do Nordeste) – Instituto de Pesquisa Estratégica em Relações Internacionais e Diplomacia, Rainier Michael tem ampla experiência em trocas internacionais. O trabalho realizado por ele junto ao consulado esloveno, e designado “Diplomacia Econômica”, interpreta sob uma visão humana o desenvolvimento e o crescimento do Nordeste. Paulista de nascença, Michael se mudou para Pernambuco há dez anos, quando seus negócios no Estado cresceram de forma a tornar indispensável sua presença aqui. Seu comparecimento nos mercados pernambucanos, entretanto, é mais antigo do que isso. Antes de assumir o consulado, já era representante da DBG - Sociedade Brasil-Alemanha no Nordeste. É destacável, também, sua atuação enquanto presidente do Rotary Club Recife Boa Viagem. ([email protected])
A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.