Transição Energética: a mudança dos combustíveis fósseis para novas fontes de energia
Discutirmos, urgentemente, a transição que se faz necessária: é essencial para desenvolvermos fontes de energia mais limpas e eficientes.
Enquanto discutimos e perdemos tempo com o conceito da “cor das coisas”, o horizonte fica cada vez mais obscuro nos quesitos ambientais, climáticos e em tudo que se refere a questões fundamentais para a nossa existência e sobrevivência.
Os mercados globais estão passando por mudanças estruturais intensas. A dependência da energia fóssil, volatilidade, altos preços, mudança climática e poluição do ar são apenas alguns dos itens que têm subsidiado cada vez mais os investimentos e a inovação nessa área.
Os números mais representativos hoje, na minha visão, para mensurarmos uma região ou país e sua capacidade de mudança, são o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o Índice de Desenvolvimento para uma Indústria 4.0 ou, apenas, IDH 4.0 dentro de um país. Se olharmos para os países do chamado “velho continente”, esse índice e correlação têm uma grande homogeneidade, ao contrário do que observamos nos chamados países em desenvolvimento.
Como falar sobre carros elétricos no interior do Amazonas, apenas considerando o preço desses e de sua autonomia atual? Ou, ainda, falarmos em automação da mobilidade tendo em vista a situação do nosso sistema viário? Quanto maior for a desigualdade desse índice IDH 4.0, maior será a dificuldade em criar qualquer tipo de discussão ou ambiente de negócios e desenvolvimento para uma região ou país.
Em países onde temos um alto e nivelado IDH 4.0, a discussão para uma transição da energia após carbono já é uma realidade. Essa situação aumentará ainda mais o “gap” ou distanciamento em relação aos países do primeiro mundo. Hoje, nos Estados Unidos e Europa, os painéis solares e turbinas eólicas representam mais de 70% das novas plantas de energia, chegando esse índice para mais de 50% na China. Muito pouco ainda se comenta, pois estamos carregados de uma visão corporativista de grandes estatais, mas a geração de energia solar oriunda de telhados, hoje, já é uma ameaça (positiva) às grandes geradoras de energia públicas e ou privadas.
É uma verdadeira disrupção na geração de energia limpa e sustentável, que ainda não chegou para nós, pois depende, fundamentalmente, de uma melhoria substancial em nosso IDH 4.0.
Feliz Ano Novo. Triste realidade energética velha.... ou ainda, vamos refletir sobre o IDH 4.0?