Citröen Basalt Shine Turbo 200: 5 motivos para investir e 5 para pensar se vale a compra
Topo de linha do SUV coupé francês é um dos mais acessíveis e econômicos do Brasil
Lançado em outubro de 2024, o Citröen Basalt vem ganhando espaço no mercado brasileiro por três pilares: motorização, design externo e consumo. Além disso, os preços atrativos fazem do modelo uma opção tentadora.
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Isso se reflete nas 1.701 unidades comercializadas apenas no mês de fevereiro de 2025. Nos últimos dois meses, o Citroën Basalt foi o SUV compacto que mais cresceu em volume de emplacamentos frente aos meses anteriores, conquistando assim a posição do modelo que mais cresceu em todo o segmento que atua.

Mas será que essas qualidades compensam as faltas do modelo para valer a pena ter o coupé da Citroen na garagem? Nós testamos a versão topo de linha Shine 1.0 Turbo e listamos cinco atributos para investir na versão mais completa e outros cinco pontos de atenção que podem não agradar o consumidor. Confira!
Pontos positivos:
1 - Motor

O Citröen Basalt 2025 é equipado com motor 1.0 Turboflex 200 de três cilindros da Stellantis, capaz de entregar 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. O mesmo que o concorrente Nivus, da Volkswagen, e próximo do Fiat Fastback, que entrega 128 cv com etanol e 116 cv com gasolina, ambos com torque de 20,4 kgfm.
O SUV da Citröen está disponível exclusivamente com câmbio CVT, que faz a simulação de sete marchas.
Chama atenção também a reatividade do sistema que, bem entrosado, garante torque suficiente para retomadas, ultrapassagens e subidas. De acordo com a Stellantis, o Basalt vai de zero a 100 km/h em 9,7 segundos. Já a velocidade máxima é de surpreendentes 199 km/h.
Com o acerto de suspensão é bem refinado, este arranjo é ideal para enfrentar os desafios urbanos, como buracos, lombadas e valetas.
O Citroën Basalt Shine 2025 oferece desempenho competitivo dentro de sua categoria, alinhando potência e eficiência de maneira equilibrada.
2 – Design e porta-malas

O para-choque é proeminente com elementos pintados no tom preto brilhante. Os faróis são em LED com luzes de condução diurna (DRL), além do farol de neblina.
A grade do radiador conta com barras cromadas em preto brilhante. Mais para cima, o icônico Duplo Chevron da marca. As barras nas laterais do para-choque dianteiro e na coluna C ganham o chamado Color Touchs.
As rodas são de 16 polegadas de liga-leve diamantadas em todas as versões.

O SUV coupé também conta com porta-malas de 490 litros, destacando-se como um dos maiores em sua categoria.
Em comparação, o Volkswagen Nivus oferece 415 litros, enquanto o Fiat Fastback lidera o segmento com 516 litros.
Sendo assim, ele oferece um espaço de carga significativo, adequado para famílias e viagens, além de oferecer uma abertura bem ampla da tampa traseira facilita o acesso ao compartimento.
3 – Consumo
O Basalt também não fez feio nos testes de consumo de combustível. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), pode marcar 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol. Na gasolina, os números vão para 11,9 km/l em circuito urbano e 13,7 km/l em rodovias.
Comparativo com Concorrentes:
Fiat Fastback
Gasolina: 11,9 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada.
Etanol: 8,4 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.
Volkswagen Nivus
Gasolina: 14,1 km/l na estrada.
Nesse caso, o Nivus apresenta um consumo pouco superior na estrada, enquanto o Fastback se destaca quando o trecho é urbano e com gasolina no tanque.
O Citroën Basalt Shine oferece consumo de combustível competitivo em relação aos seus principais concorrentes, com variações que dependem da motorização escolhida e do tipo de trajeto (urbano ou rodoviário).
4 – Espaço interno e Central Multimídia

Sem dúvidas, o espaço da cabine é o ponto mais tentador do Basalt por oferecer um espaço interno amplo e confortável, destacando-se no segmento de SUVs compactos, especialmente para aqueles que buscam versatilidade e conforto.
Isso porque ele tem 2,64 m de distância entre-eixos, superior ao de alguns concorrentes, como o Jeep Compass, por exemplo, e é ainda mais generoso quando falamos sobre o espaço para os joelhos dos ocupantes traseiros. Porém, o banco traseiro não é bipartido, o que pode limitar a flexibilidade no transporte de passageiros e cargas simultaneamente.
A Central Multimídia é um dos grandes destaques dentro da cabine. A tela é de 10,25 polegadas e conta, ainda, com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Além disso, o carro tem bancos e volantes com forração premium.

5 - Custo-benefício
No segmento de SUVs compactos, o Basalt se posiciona como uma opção acessível e bem equipada, competindo com modelos como Fiat Fastback e Volkswagen Nivus. Sua combinação de preço, espaço e eficiência o torna uma escolha atraente para quem busca um SUV com bom custo-benefício.
E o Basalt consegue hoje ocupar um espaço no mercado que outros do mesmo segmento não conseguem, principalmente porque a Citröen apostou em preços agressivos para o modelo.
Então o consumidor ganha em design externo, amplo espaço interno e motorização por valores que partem de R$ 96.990 na versão Feel e chegando a R$ 115.890 na versão topo de linha Shine 1.0 Turbo CVT.
Pontos de atenção:
1 – Segurança

Um dos principais pontos que os consumidores precisam ficar atentos que o Basalt é a segurança. O pacote do SUV compacto é bem básico, limitando-se a quatro airbags frontais e laterais, controle de estabilidade e tração com assistente de partida em rampa, câmera de ré 360° e sensores de estacionamento.
Uma das grandes falhas é o carro destravar por completo assim que a chave, ainda canivete, é retirada da ignição, não tendo opção de travar o carro pelo botão sem que seja preciso acionar a chave novamente, passando uma sensação de vulnerabilidade. A dica aqui é desligar o carro apenas se já for realmente sair do veículo.
2 - Pacote de equipamentos

Nesse quesito, o SUV francês é limitado, até para conseguir manter o preço agressivo e manter a linha dos C3 e C3 AirCross.
O carro não conta, por exemplo, com ajuste de profundidade do volante (que pode prejudicar quem é mais alto a encontrar uma melhor posição para dirigir), ajuste elétrico nos bancos, carregamento por indução e saída de ar-condicionado para o banco de trás, além do painel de instrumentos de apenas 7 polegadas “colorido”, mostrando apenas informações básicas.
O veículo vem, no entanto, equipado com entradas USB, ar-condicionado digital, vidros elétricos traseiros, direção elétrica, rodas de liga leve de 16 polegadas, apoio de braço para o motorista e retrovisores com ajustes elétricos.
3 – Acabamento

Salvo pelas "diferentonas" e interessantes saídas de ar-condicionado frontais, a economia fica evidente, principalmente no acabamento interno, que é composto praticamente de plástico duro, o que pode desagradar que espera algo mais de um SUV.
4 – Dificuldade no acesso de botões funcionais

Outro pequeno detalhe, mas que pode fazer toda diferença e, inclusive, tirar a atenção do motorista da pista, é a localização de alguns botões funcionais que ficam dispostos do lado esquerdo do painel, na parte lateral, quase abaixo do volante.
Para acessar o controle dos vidros elétricos, travar portas e vidros e acionar o "modo sport" enquanto se dirige, é preciso tatear ou até mesmo desviar atenção do trânsito. Isso também acontece nos modelos C3 e C3 AirCross.
Esses aspectos de design podem exigir um período de adaptação, especialmente para motoristas acostumados a configurações mais convencionais.
5 - Isolamento acústico
O Citroën Basalt apresenta avanços no isolamento acústico, que é superior ao C3, mas ainda precisa de ajustes. Isso porque é possível notar entrada significativa de ruídos na cabine, especialmente da ventoinha do motor ao alcançar velocidades mais altas e, principalmente, quando se liga o ar-condicionado, o que pode tornar ar experiência incômoda.
Vela a pena?
Se você busca custo-benefício, o Basalt Shine entrega um bom conjunto em um SUV coupé com design moderno, bom consumo e excelente motorização e dirigibilidade por um preço competitivo.
Mas se o foco for potência, desempenho e tecnologia, outros modelos do segmento, como Fiat Fastback e Volkswagen Nivus, levam vantagem.