Comissão Europeia quer o fim dos veículos a gasolina e diesel a partir de 2035

Porsche Taycan recarregando baterias - Divulgação/Porsche

Bruxelas propôs, nesta quarta-feira (14), reduzir a zero as emissões de CO2 de carros novos na UE a partir de 2035, o que de fato interromperia as vendas de veículos a gasolina e diesel em favor de motores 100% elétricos.

A medida deve ajudar a cumprir os objetivos climáticos da UE, mas "também irá beneficiar os cidadãos, reduzindo os custos de energia e melhorando a qualidade do ar", explicou a Comissão.

No entanto, para a indústria automotiva, a proposta "não é uma solução racional", segundo a Associação de Fabricantes de Automóveis Europeus (ACEA).

"Banir uma tecnologia não é uma solução racional neste momento", disse a organização, que acredita que "todas as opções, incluindo motores térmicos altamente eficientes, híbridos e veículos a hidrogênio, devem desempenhar um papel na transição para a neutralidade climática".

A indústria está preocupada com a falta de postos de recarga e uma transformação industrial que pode causar uma hemorragia de empregos. Mesmo que já esteja envolvida na transição.

"Uma dezena de grandes fabricantes na Alemanha e na Europa já anunciou uma transformação da sua frota para veículos com emissões zero entre 2028 e 2035", sublinhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O projeto, se aprovado tal como está, significaria o fim em 2035 das vendas de veículos com motores térmicos, incluindo híbridos (gasolina-elétricos) e híbridos recarregáveis.

Sendo os veículos elétricos a bateria os únicos a cumprir o requisito de emissão zero, estes seriam de fato os únicos no novo mercado europeu, mesmo que nenhuma tecnologia seja oficialmente imposta.

Mas a proposta da Comissão ainda será debatida durante mais de um ano pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros, o que poderá conduzir a ajustes importantes.

"Nada do que foi apresentado hoje será fácil, será mesmo muito difícil", admitiu o comissário europeu para o Meio Ambiente, Frans Timmermans, evocando a necessidade de agir no interesse das gerações futuras.

O automóvel, primeiro meio de transporte dos europeus, representa cerca de 15% das emissões de CO2, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global.

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