Crise de componentes reduziu em 150 mil a produção veículos de entre janeiro e maio de 2022
Foram 16 paralisações nas fábricas nos cinco primeiros meses de 2022
A crise de insumos na indústria automobilística ainda vem sendo um dos maiores desafios na produção de automóveis. Com 16 paralisações nas fábricas entre janeiro e maio deste ano, estima-se que 150 mil unidades de automóveis deixaram de ser produzidos no período.
Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, a crise ainda afeta outros componentes. "O semicondutor é utilizado de forma expressiva, mas outros itens passaram a compor a lista, como borracha, cabos e resina", explica Leite. A exemplo, o presidente da Anfavea ressaltou que há um grande desafio na produção global de pneus, em função de problemas de insumos.
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A perda com a crise de abastecimento e logística, no entanto, é menor do que a de 2021, no contexto da pandemia da Covid-19, quando o setor deixou de produzir cerca de 350 mil unidades no Brasil. No cenário global, foram 10,2 milhões de unidades que deixaram de serem produzidas, devido a crise de componentes e dificuldades na logística.
Produção
Entre janeiro e maio deste ano, a produção de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) ainda ficou abaixo dos resultados de 2021. Foram 888 mil unidades produzidas no período, contra 982 mil unidades no mesmo período de 2021. Isso representa uma queda de 9,5%.
Por outro lado, em maio deste ano o resultado de produção foi positivo. Foram 205,9 mil unidades produzidas no mês - crescimento de 10,7% sobre abril. Quando comparado com o ano anterior, o mês de maio também foi positivo, com alta de 6,8% sobre o maio de 2021.
Licenciamento
O número de autoveículos licenciados em maio de 2022 chegou a 187,1 mil unidades e representa um aumento de 27% sobre abril de 2022. Contudo, quando comparado maio de 2022, com maio de 2021, houvera uma queda de 0,9%. Naquele mês o número de licenciamentos atingira 188,7 mil unidades.
