Google faz homenagem a Kitty O'Neil, "a mulher mais rápida do mundo", que pilotou carro a 825 km/h
O'Neil tem o recorde de velocidade terrestre para mulheres intacto até os dias de hoje
O Doodle, tipo de desenho usado pelo Google para prestar homenagens, reverencia, nesta sexta-feira (24), o 77º aniversário da dublê e piloto americana Kitty O'Neil. Recordista de corridas, ela foi conhecida como "a mulher mais rápida do mundo" ao dirigir a uma média de 825km/h em um veículo movido a foguete chamado “The Motivator”, em 1976. Devido ao sucesso, a piloto chegou a ganhar uma versão própria da boneca Barbie.
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Kitty Linn O’Neil nasceu em 24 de março de 1946, no Texas, Estados Unidos. Ela era filha de mãe indígena e de pai irlandês. Surda desde os primeiros dias de vida devido a complicações de saúde, ela não se deixou limitar pela condição, usando todas as possibilidades da sua capacidade de comunicação. O'Neil aprendeu diferentes formas de construir diálogos, principalmente através da fala e da leitura de lábios.
Ela começou a vida de atleta no mergulho. Uma lesão no punho, porém, a impediu de se profissionalizar no esporte. Sem poder continuar, Kitty decidiu mudar de área e foi aí que a piloto começou a tomar gosto por velocidade e adrenalina, começando a praticar esqui aquático e participar de corridas de motocicleta.
Apaixonada por adrenalina e aventura, ela logo abraçou a profissão de dublê em filmes hollywoodianos de sucesso dos anos 1970 e 1980. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Stunts Unlimited, uma organização para os melhores dublês de Hollywood.
Ao longo da carreira, ela realizou atos perigosos, como saltar de grandes alturas enquanto era incendiada, além de pular de helicópteros. O’Neil ficou famosa, a princípio, por substituir a atriz Lynda Carter nas cenas de ação da série “Mulher Maravilha” (1975-1979), além de ter sido dublê de Lindsay Wagner na série de ficção científica “A Mulher Biônica”.
“A mulher mais rápida do mundo”
Kitty O’Neil se destacou por protagonizar cenas de muita ação. O sucesso acabou levando-a ao mundo do automobilismo, no qual ela fez história como piloto.
Em 1976, foi coroada como "a mulher mais rápida do mundo" após cruzar o deserto de Alvord, no estado de Oregon, nos Estados Unidos, em 512,71 milhas por hora (cerca de 825 km/h), pilotando um carro movido a peróxido de hidrogênio (The Motivator).
Não satisfeita, Kitty se meteu em apuros enquanto participava de cenas para um programa de TV em 1978, quando ela capotou um Corvette movido a foguete enquanto tentava estabelecer um recorde de velocidade no deserto de Mojave, nos Estados Unidos.
Enfim, em 1980, Kitty O’Neil se aposentou e se mudou para Eureka, no estado da Dakota do Sul, também nos EUA. Lá, ela viveu o resto de sua vida, até 2018, quando morreu após sofrer um ataque cardíaco com pneumonia, aos 72 anos.
Em uma entrevista realizada em 2015, ela disse que "foi bom" ser uma das dublês de Hollywood e que "não tinha medo de nada". O Oscar a homenageou em 2019, no bloco Annual Memoriam do prêmio.