Nos Estados Unidos, bafômetro será integrado a carros a partir de 2026
Lei prevê obrigatoriedade do recurso em todos os veículos, que só darão partida no motor após o teste
Dentro de pouco tempo, todos os veículos novos vendidos nos Estados Unidos terão que ter um bafômetro como equipamento obrigatório para detectar se o motorista está ou não sob influência do álcool. Em caso positivo, o sistema terá que imobilizar o carro e impedir a condução.
A nova regra governamental é de depois do Ato para Empregos e Investimentos em Infraestrutura, do presidente Biden, criado em 2021. A mudança está prevista para começar em 2026.
O problema na ideia, porém, é que esta tecnologia ainda não existe no mercado para tornar possível a aplicação na prática.
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Agora, o governo norte-americano está em uma corrida contra o tempo para buscar soluções em parceria com as montadoras para inserir o bafômetro nos carros. Dentre elas, há produtos que analisam a respiração, bem como sensores que atuam por meio de toque. Este último utilizaria um scanner integrado ao botão de partida. Nele, mede-se o nível de álcool nos vasos sanguíneos por meio de luz infravermelha. E, por se integrar ao assento e ao computador de bordo, o sensor evitaria fraudes.
Porém, uma empresa está um pouco na frente das outras neste caminho. A Asahi Kasei, uma empresa japonesa de eletrônicos e químicos, que está com a sua subsidiária sueca trabalhando no desenvolvimento de sensores para detecção de álcool por mais de vinte anos.
Agora, a empresa trabalha, junto ao governo americano e a montadoras do país, para conseguir terminar o produto a tempo.
“Para ser honesto, acho que pegou todo mundo de surpresa, não apenas em nossa empresa. É algo que foi proposto no passado. Mas todos assumiram que isso seria necessário primeiro na Europa, disse o diretor de mobilidade da divisão norte-americana da empresa, Mike Franchy, em entrevista à Automotive News.
A empresa está desenvolvendo um sensor que seria integrado aos painéis dos carros, sem a necessidade de um novo hardware na cabine. Para o veículo funcionar, o motorista teria que soprar no sensor embutido na coluna de direção e aguardar o teste o aprovar ou reprovar. Um algoritmo detectaria a quantidade de etanol na respiração do motorista e, se detectado, ele impediria que o carro fosse ligado.
A intenção é tornar as ruas e estradas mais seguras no país. Isso porque, de acordo com a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), ocorrem cerca de 10 mil óbitos por ano no trânsito com pessoas alcoolizadas nos EUA. Ou seja, uma média de 30% das mortes totais.
Até o momento, a previsão é de que a nova lei passe a valer daqui a quatro anos, mas o processo ainda vai passar por uma regulamentação final.