Opções para renegociar as parcelas do automóvel em atraso

Como não se prejudicar e continuar pagando o financiamento do veículo - Pixabay

A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus deixou muita gente endividada. Em momentos como o que vivemos, é comum deixar de pagar dívidas não essenciais, como a parcela do automóvel. Porém, é preciso ficar em alerta para que o débito não vire uma bola de neve e se torne impagável. Para que você não prejudique ainda mais a sua situação financeira, a Folha de Pernambuco selecionou dicas do que fazer quando as parcelas do veículo estiverem em atraso com o vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco, André Morais.

Em primeiro lugar, a pessoa deve se antecipar ao que está por vir. Se perceber que não conseguirá pagar a próxima parcela do veículo, é importante procurar a instituição que financiou o automóvel e buscar a negociação. “É muito pior deixar a dívida rolar e esperar até que se tenha condição de pagar. Os bancos também não querem deixar de receber e, muitas vezes, preferem a negociação do que entrar em litígio judicial para receber o que o cliente deve”, explicou André Morais.

Além de tentar uma negociação do débito, é possível solicitar a suspensão temporária do pagamento ou o refinanciamento da dívida junto à instituição financeira. Devido à pandemia, alguns bancos permitiram que a pausa no financiamento fosse de até 90 dias. Já o refinanciamento é basicamente uma troca de contrato, na qual as parcelas e os juros em atraso são somados ao montante restante e fazem um novo parcelamento, provavelmente com juros maiores, mas com valor da parcela menor.

Também é possível transferir o crédito para outra instituição financeira, isto é, um outro banco paga a sua dívida e você passa a pagar as parcelas para este novo banco. André Morais alerta que o consumidor deve estar atento ao fazer esta escolha. “O consumidor deve fazer uma boa pesquisa para achar as melhores condições no mercado. Ele deve atentar, porém, ao custo efetivo total do produto, pois muitas vezes o vendedor oferece juros baixos, mas inclui outras taxas que aumenta o valor final do automóvel”, afirmou o economista.

O economista também salienta que pesquisar as condições em outros bancos é importante ao fazer a negociação com a instituição em que o consumidor possui o débito: “Quando você parcela o automóvel com o banco, ele não pretende perder o cliente. Então quando você mostra que foi até outra instituição e que ela ofereceu uma condição melhor, é provável que o banco ofereça opções ainda mais viáveis para você permanecer com eles”, sugere. “Mas é importante ficar atento para que eles não façam venda casada, ou seja, só fecham um negócio se você comprar outro produto deles. Na negociação também é importante conhecer seus direitos para não ser colocado para trás”, pondera André.

Se não houver perspectiva de conseguir pagar as parcelas, mesmo com as novas condições sugeridas pelo banco, o dono do automóvel pode se desfazer do bem para quitar a dívida. Nesses casos, o mais recomendado é vender o veículo o quanto antes e reembolsar o que já foi investido. O que não se deve fazer, em hipótese alguma, é deixar a dívida de lado, pois é possível perder o bem sem o reembolso do valor investido.

 

 

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