Testamos: Kia Stonic é híbrido mais barato do Brasil e passa dos 14 km/l na estrada

Por onde passou, o Kia Stonic arrancou viradas de pescoço e vários dedos apontaram para o carro

Kia Stonic Hybrid é o único híbrido na categoria de SUVs compactos - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O Kia Stonic Hybrid é o carro híbrido mais barato do Brasil e chega ao consumidor por R$ 146.990 em uma única versão. O SUV compacto é importado da Coreia do Sul e ainda não há muitos deles em circulação pelas vias do Brasil, embora tenha sido o terceiro híbrido mais vendido em março. Entre os concorrentes do segmento dos SUVs compactos, é o único veículo eletrificado. 

Ao andar com o Stonic pelas ruas, a reportagem constatou que o carro chama atenção por onde passa e desperta a curiosidade das pessoas que ainda não o conhecem. Por onde passou, o Kia Stonic arrancou viradas de pescoço e vários dedos apontaram para o carro. 

O motor é 1.0 turbo, de três cilindros, que gera 120 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. A transmissão é automática do tipo DCT de 7 velocidades. Na estrada, o SUV compacto entrega um desempenho surpreendente. Não falta fôlego nem mesmo em extensos aclives da rodovia. As ultrapassagens são feitas com facilidade, favorecida pelo modo ‘Sport’
 

Motor 1.0 turbo de três cilindros gera até 120 cv de potência | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Aliado ao design diferenciado do SUV, a economia de combustível coloca o Stonic em um patamar de consumo semelhante ao de carros populares. Do lado de dentro, o SUV tem bons acabamentos e, apesar de ter plásticos no painel e portas, o material é de boa qualidade. Os bancos, que unem couro e tecido, são confortáveis e acomodam bem tanto quem está na posição de dirigir quanto os demais ocupantes. 

São três modos de condução que dão algumas possibilidades ao motorista em adaptar a forma de dirigir o híbrido. No modo ‘Eco’, o SUV poupa gasolina e o pedal fica mais lento para tentar economizar combustível. Já no modo ‘Normal’, o Stonic tem uma condução neutra de dirigibilidade. Já no modo ‘Sport’, o motor eleva a rotação e as trocas de marchas acontecem no limite, para dar ao motorista uma condução mais dinâmica.

Câmbio tem sete velocidades e três modos de condução. Para mudar o modo, basta apertar o botão "Drive Mode", localizado em frente a manopla de transmissão | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

 

Bateria de 48V fica no porta-malas, onde seria o estepe | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco 

Nos testes da reportagem, mesmo com cinco ocupantes, o SUV segue viagem sem perder desempenho. O túnel central é baixo e não atrapalha quem viaja no meio.  

No porta-malas, há uma bateria de 48V, responsável pela maior autonomia e um menor consumo de combustível. Em um percurso de 145 quilômetros, conseguimos fazer uma média de 14,1 km/l. Ao total, foram mais de 400 quilômetros rodados com o Kia Stonic. 

Em um trecho de 10 quilômetros de trânsito intenso, o Kia Stonic não ultrapassou a média de 11 km/l. Apesar disto, o desempenho na cidade agrada e, mesmo em trânsito pesado, o câmbio não dá trancos com o sobe e desce de giro.  

Consumo médio após trecho de 145 quilômetros rodados em ciclo rodoviário | Foto: Rodrigo Barros

Tecnologia
Uma das tecnologias que ajuda no consumo do híbrido é o modo velejar. A partir dos 40 km/h, ao tirar o pé do acelerador, o carro entra no modo que simula uma “banguela” (modo onde o motorista deixa o carro no neutro em uma descida), porém não perde a tração. No modo, o motor à combustão é desligado para poupar combustível. Na rodovia, é interessante atingir 100 km/h (quando a via permitir), e tirar o pé do pedal do acelerador em trechos planos ou em descidas. O modo velejar será ativado e o motorista consegue ver a rotação do carro zerar para poupar combustível. 
 

Interior do Kia Stonic Hybrid | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco 

Um ponto negativo é que, ao ligar o carro e sair, não fica muito claro quando o carro vai mandar energia para as baterias ou entrar no modo velejar. No modo em que manda energia para as rodas, o condutor sente o freio motor atuar e a redução de velocidade é semelhante a uma leve frenagem ou redução de marchas. 

A conexão com a multimídia de 8 polegadas é feita apenas por meio de cabo USB, mas, segundo o gerente de produtos da Kia, Rodrigo Purchio, a montadora sul-coreana já trabalha na homologação da conexão sem fio para a multimídia. O sistema de som tem 4 auto-falantes e dois tweeters. Embora a qualidade sonora seja boa, os graves não são muito acentuados. Apesar disto, não há distorção sonora.
 

Conexão com multimídia é feita apenas por meio de cabo USB | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O volante é multifuncional, sendo possível, através dele, aumentar ou diminuir o volume do som, atender e desligar ligações, navegar pelo computador de bordo e acionar o piloto automático. Por sinal, o piloto automático é uma tecnologia importante para dar mais conforto nas viagens. Porém, ao utilizar o modo, o Kia Stonic não entra no modo velejar e consome mais combustível. 

Segurança
O Kia Stonic tem um bom poder de frenagem proporcionado pelos freios a disco nas 4 rodas, com ABS e EBD. Na frente, são discos ventilados e, na traseira, discos sólidos. 

O Stonic ainda conta com controle eletrônico de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, cinto de 3 pontos para todos os ocupantes e airbags frontais, laterais e de cortina. 
 

Concorrência 
Entre alguns dos concorrentes, como o Nissan Kicks, Fiat Pulse, Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross, o Kia Stonic é o único híbrido, porém está em uma categoria de preços mais elevada. Desta forma, é preciso comparar o Stonic com seus concorrentes nas versões mais caras. No quesito desempenho do motor, o Kia Stonic fica à frente de todas as versões do Nissan Kicks e Hyundai Creta, com motorização 1.0 TGDI. 

O consumo é o ponto forte do Kia Stonic. Entre o segmento dos SUVs compactos, o sul-coreano deixa os concorrentes para trás, porém tem um consumo semelhante ao do Fiat Pulse. Na comparação entre as dimensões, o espaço interno do Kia Stonic (entre-eixos) é maior somente que o Fiat Pulse. São 2,58m contra 2,53m, respectivamente. O sul-coreano também é mais comprido: 4,14m do Stonic, contra 4,09m do Pulse. Entre os demais concorrentes, o Stonic tem desvantagem. Na largura, empata com VW T-Cross. 

Cores 
A única cor que não há cobrança adicional é a branco sólido. Nas demais pinturas, metálica e perolizada, há adição de R$ 2.500 para cor única e R$ 4.300 para pintura bicolor.
 

A reportagem testou uma versão bitom, que tem o teto de cor diferente. Nesta configuração, a pintura custa R$ 4.300 | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

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