Um aumento de quase 80% nas buscas de carros elétricos e híbridos no Brasil
Veículos híbridos, movidos a combustão e eletricidade, ganham espaço no mercado mundial
Pouco a pouco os veículos híbridos, movidos a combustão e eletricidade, estão ganhando mais popularidade entre os motoristas do mundo e do Brasil também.
As plataformas de comercialização on-line registraram um aumento na procura de modelos híbridos e elétricos em 2022. No caso do Mercado Livre o aumento registrado nos últimos 12 meses foi de 77%. Entre os automóveis mais procurados neste segmento ficaram o Toyota Corolla, o Ford Fusion e o Porsche Panamera.
Mas na hora de comprar o modelo mais vendido em 2022 é o Toyota Prius que custa R$ 190.190. No pódio dos três principais só há lugar para a Toyota, montadora que hoje em dia vende mais veículos eletrificados que a gasolina. Em segundo lugar está o Corolla Altis Hybrid que custa por volta dos R$ 155 e o Corolla Cross XRV Hybrid, avaliado em R$ 177.290, em terceiro lugar.
Os outros modelos mais comercializados são um pouco mais caros: o Lexus UX Luxury 250h que tem um valor de R$ 259.990; o Volvo XC40 T5 Momentum que custa cerca de R$ 270; o Honda Accord Hybrid de quase R$ 300; e o BMW 330e avaliado em R$ 372.950.
Vale a pena ter um carro híbrido?
Assim como os veículos a combustão têm suas diferenças, os veículos híbridos também têm as suas e há diferenças notáveis na aplicação da tecnologia entre um modelo e outro. Por exemplo, alguns esportivos aproveitam a potência oferecida pelo motor elétrico para ajudar na aceleração, enquanto outros o utilizam somente em baixa velocidade e em alguns casos até o desativam ao atingir uma determinada velocidade.
Da mesma forma, há vantagens e desvantagens de ter um veículo deste tipo, elas devem ser avaliadas pelo comprador antes de fazer o negócio. Uma das vantagens mais destacadas é a diminuição da emissão de gases e da poluição sonora, pois o motor elétrico não emite ruídos.
Outras vantagens:
-
Em relação aos veículos que são apenas elétricos, encontramos no mercado uma maior oferta de modelos. Os híbridos oferecem maior autonomia nesta comparação, motivo pelo qual o motorista não tem possibilidades de ficar a pé.
-
Aproveitando a energia dos freios, os veículos híbridos têm a capacidade de recuperar a carga da sua bateria, tecnologia adotada da Fórmula 1, que utiliza motores híbridos desde 2014.
-
Com o intuito de estimular o uso deste tipo de veículos, o governo oferece desconto nos impostos e incentivos para a compra. Por exemplo, os paulistas podem ter até 50% de desconto no IPVA se tiver um veículo híbrido.
Mas, nem tudo é positivo ao falar de veículos híbridos. Algumas desvantagens:
-
Os carros híbridos são mais caros. Ao comparar o gasto de combustível os híbridos mostram vantagem, porém o investimento inicial para a compra do veículo é mais alto do que o requerido pelos modelos tradicionais. O seguro auto on-line também pode ficar mais caro, pois o valor de mercado é considerado no momento de fazer a cotação.
-
São veículos mais pesados, por ter dois motores e baterias, com isso seu alcance final fica prejudicado.
-
Apesar de gerar menor impacto no meio ambiente por não utilizar combustíveis fósseis, gera impactos no seu processo de fabricação, pois alguns componentes utilizados precisam ser extraídos da natureza.
-
Se for adquirir um híbrido usado é preciso considerar a disponibilidade no mercado das peças para reposição e seus preços.
-
Falta de infraestrutura. Este tipo de veículo precisa de procedimentos específicos para manter sua segurança, por isso o proprietário deve pesquisar na sua região pelas oficinas especializadas, que atualmente não estão em todas as cidades.
-
Manutenção. Mais que os veículos movidos somente a combustão, estes modelos requerem de frequentes revisões e cuidados. Por isso o proprietário deve estar atento às garantias oferecidas pela montadora. Em caso de precisar trocar peças, deve considerar os gastos. Por exemplo, o desgaste da bateria, as montadoras estimam uma vida útil de 10 anos para a bateria, após esse prazo sua eficiência fica reduzida. Então o proprietário deve trocá-la e isso pode custar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, dependendo do modelo.
As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.