Cartão de crédito: aliado ou vilão? Confira dicas para gastar de forma consciente

Tudo depende da dose. Saiba como ter um uso responsável dessa forma de pagamento

Cartão de Crédito - Unsplash

O cartão de crédito faz parte da vida dos brasileiros, que não se inibem quando o assunto é ter, até mesmo, mais de uma unidade. Com o devido planejamento financeiro pode ser uma ferramenta de ajuda, inclusive para realizar sonhos pessoais. Sem controle, no entanto, transforma-se em vilão. A pesquisa Perfil de Crédito do Brasileiro, conduzida pela Serasa, revelou os hábitos de uso do cartão de crédito dos consumidores do país.

Segundo o levantamento realizado entre os dias 2 de abril e 2 de maio de 2023, com a participação de 3.097 pessoas da base Serasa, foi constatado que 36% dos entrevistados se consideram Consumidores Conscientes. Essa parcela diz utilizar o crédito para organizar suas finanças diárias. Um outro dado adquirido na pesquisa é o de que mais da metade dos brasileiros (52%) possui três ou mais cartões de crédito.

Dentre esses indivíduos, 35% justificaram essa multiplicidade como uma forma de somar os limites disponíveis.

Quais são os principais gastos

A análise aponta que o cartão de crédito é usado mensalmente principalmente para compras parceladas (61%) e consumos essenciais (37%). As compras pela internet são apontadas por 31% dos consumidores. Enquanto 14% utilizam-no como ferramenta de complemento de renda;  12% dos respondentes usam para aproveitar os benefícios ofertados pelas operadoras. Em 2022, no Brasil, especialistas da área de economia revelaram que houve um aumento nas compras de supermercado feitas com cartão de crédito. Antes, no entanto, pagar no crédito a alimentação para o dia a dia era a última opção.

Vantagens e desvantagens

Para Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, o uso do cartão de crédito pode ser um ótimo aliado do consumo quando feito de maneira responsável.

“A principal vantagem de parcelar a compra é conseguir adquirir itens de valor elevado, diluindo o peso da compra por alguns meses”, argumentou. Além disso, ele diz que a ferramenta permite que as famílias consigam manter seus consumos, de modo que a economia permaneça aquecida. Todavia, o economista também coloca o parcelamento como uma forma de endividar as famílias.

Segundo ele, o risco de inadimplência no rotativo do cartão pode virar uma “bola de neve” para o orçamento familiar e prejudicar o crédito final do consumidor. Quanto aos gastos emergenciais, Lima sugere que os pagamentos sejam efetuados à vista, pois desse modo o cidadão evita o acúmulo de despesas que se repetem mensalmente. De toda forma, o economista aponta que o cartão de crédito não deve ser visto como vilão e deve ser utilizado com responsabilidade por seus usuários. “Ter acesso ao crédito pré-aprovado pode ser um risco para aqueles consumidores imediatistas, que não possuem uma boa saúde financeira, contudo para aqueles que possuem uma estrutura financeira organizada pode ser benéfico sim”, acrescentou.  

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