Consumo imediato ainda é um desafio para a organização financeira

De acordo com uma pesquisa realizada pela Euromonitor, 32,5% dos brasileiros estão preocupados com a situação econômica atual, enquanto 44,2% priorizam a qualidade em vez da quantidade ao realizar compras. Além disso, apenas 12,3% fazem compras por impulso frequentemente, demonstrando uma tendência de consumo mais estratégico.

No entanto, as estratégias comerciais ainda exploram o imediatismo e o desejo de consumo rápido, levando muitas pessoas a compras desnecessárias e ao endividamento. O Dia do Consumidor, comemorado neste sábado (15), surgiu com a intenção de conscientizar sobre direitos e deveres na relação de consumo, mas acabou se tornando mais uma data comercial, repleta de descontos e incentivos para gastar. 

O apelo promocional dessa data reforça a ideia de que comprar é sempre um bom negócio, ofuscando a reflexão sobre o real valor das compras e o impacto que elas têm no orçamento familiar. Diante desse cenário, o co-fundador da BEM EDUCAÇÃO e mestre pela FGV, Thiago Godoy, aconselha que antes de decidir aproveitar uma promoção, é necessário ter cautela.

“A paciência pode ser mais valiosa do que um desconto momentâneo. Controlar o impulso de comprar na hora evita gastos desnecessários e ajuda na construção de uma relação mais saudável com o dinheiro”, afirmou.

O especialista também destacou o uso do cartão de crédito como dinheiro extra como principal causador do endividamento “O uso do crédito deve ser feito com responsabilidade, pois todo valor gasto compromete a renda futura. Ter essa consciência desde cedo evita endividamentos e problemas financeiros no futuro”. 

Além disso, registrar ganhos e gastos regularmente é outra dica para promover o controle financeiro atualizado. Seja em cadernos ou planilhas digitais, é fundamental para entender para onde vai o dinheiro. Essa prática permite planejamento, previsibilidade e tomada de decisões mais inteligentes.

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