Desempregados poderão negociar dívidas com condições especiais
As novas regras foram aprovadas pelo Conselho de Autorregulação Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e também vão beneficiar aqueles que devem por conta de doenças graves, casos de morte na família ou divórcios. “O objetivo é buscar o resgate econômico e financeiro do consumidor que está em uma situação de vulnerabilidade porque perdeu uma parte importante do seu rendimento de uma forma brusca”, explicou o diretor de autorregulação da Febraban, Amaury Oliva, contando que este compromisso foi firmado no último dia 10 e deve entrar em vigor em no máximo 180 dias.
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Ainda segundo Oliva, cada banco vai desenvolver seu modelo de negociação. Mas são muitas as opções de acordo. Os endividados podem ganhar, por exemplo, descontos, parcelamentos de dívida e até a possibilidade de migrar para uma linha de crédito mais barata. E junto a isso serão oferecidas noções de educação financeira aos endividados. “Queremos nos antecipar aos problemas”, justificou.
Por conta disso, os bancos ão oferecer condições diferenciadas de negociação a quem paga suas parcelas em dia, mas corre o risco de perder essa capacidade de adimplência em um futuro próximo. “Vamos ficar atentos aos consumidores que estão em dia com suas obrigações, mas enfrentam grau de endividamento excessivo. Mas eles terão que comprovar a situação complicada”, informou Oliva, dizendo que esse benefício vale para quem tem a maior parte do salário comprometida por débitos.
Essa ação preventiva ainda vai fazer com que os bancos assumam uma postura mais proativa na negociação de dívidas. “Hoje, é natural receber pedidos de negociação dos clientes. Mas o banco já acompanha o endividamento deles. Sabe quanto ele deve no cartão, há quanto tempo está no cheque especial. Por isso, vai passar a procurar esse consumidor para negociar essa dívida”, explicou o diretor.
E a Febraban espera ganhar com as mudanças. Oliva explica que haverá ganhos para o consumidor, que terá atenção especial; para os bancos, que com isso querem criar uma relação de confiança com os clientes e ainda devem reduzir o índice de inadimplência, recebendo mais recursos; e também para a economia brasileira. “Há um ganho porque o consumidor terá condições de continuar no mercado de consumo”, defendeu.
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