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Economia colaborativa: como a prática pode ser uma aliada na redução de gastos

Pesquisa aponta que 86% das pessoas acreditam que o modelo proporciona acessibilidade e economia

finanças.com

A alta de negócios com propostas inovadoras e sustentáveis tem feito com que a economia colaborativa se torne atrativa para quem prioriza a redução de custos na hora de adquirir produtos ou serviços. O modelo vem se apresentando como uma solução vantajosa aos cidadãos e até empresas para reduzir os gastos ou complementar a renda.

A expectativa para o exercício da prática, que tem se popularizado nos últimos anos, é que, em 2025, ela chegue a US$ 335 bilhões, de acordo com levantamento da empresa de consultoria PwC. O estudo também revelou que 86% das pessoas entrevistadas viam o modelo econômico como um facilitador do acesso a alguns serviços.

Para a economista Lythiene Rodrigues, a economia compartilhada, como também é conhecida, pode impactar positivamente a redução de custos e proporcionar vantagens tanto para empresas quanto para indivíduos. “Com o conceito de compartilhar recursos e serviços, ela surge como uma solução para a otimização de custos e geração de oportunidades financeiras”, afirma a especialista. 

Pessoal

Quando aplicada à vida cotidiana, a economia colaborativa pode gerar benefícios significativos, especialmente no que diz respeito à redução de custos pessoais. Lythiene menciona exemplos como a locação de imóveis compartilhados, em que os custos de aluguel, energia e condomínio podem ser divididos entre as partes envolvidas, resultando em uma redução de 50%, ou mais, nas despesas do mês.

Essa alternativa foi essencial para Vitória Cavalcanti, que é do interior de Pernambuco, mas passou para o curso de ciências sociais no campus da universidade no Recife, precisando se mudar para a capital. 

“Quando comecei a pesquisar o aluguel de imóveis na cidade me vi impossibilitada de arcar com esse custo sozinha. Até que uma amiga me aconselhou a procurar locais que concediam quartos para aluguel ou alguém que também tivesse a mesma necessidade que eu em alugar um lugar para morar no bairro da universidade”, explicou a estudante.

Atualmente, a estudante divide apartamento no bairro da Várzea, onde compartilha os valores do aluguel do imóvel, contas básicas e compras do mês com uma colega de quarto. Vitória afirma que se não tivesse recorrido à opção de dividir as contas com uma segunda pessoa, seria inviável ingressar na graduação. 

Transporte

Além disso, a prática de compartilhar transporte, seja por meio de caronas ou serviços como o Uber, também pode ser vantajosa para quem busca diminuir os gastos. Além desse, o Blablacar, aplicativo de caronas de longa distância, também é um ótimo exemplo da aplicação do modelo econômico na hora de viajar.

No ano passado, o uso dos brasileiros no App de caronas desbancou a França, se tornando o País com maior número de usuários, com um aumento de 30% no número de viagens registradas em comparação com o mercado francês.

Esse tipo de serviço acaba se tornando um benefício para quem utiliza e para quem oferece o serviço. Já que, o motorista iria fazer aquele trajeto de toda forma, porém, com um carro vazio e sem garantir um valor extra por isso, lembra Lythiene.

Contudo, a consultora destaca que nem todos os serviços pessoais podem ser compartilhados com a mesma eficácia, como planos de saúde e academias. A chave para o sucesso da economia colaborativa no dia a dia é o alinhamento claro entre as partes envolvidas, para evitar mal-entendidos ou problemas que possam gerar custos inesperados.

Empresas 

A prática também pode ser uma aliada dos empresários na hora de reduzir os custos com suprimentos e até fornecedores, afirma a economista. No contexto empresarial, a economia colaborativa pode ser uma poderosa aliada no barateiro de algumas etapas. 

“A economia compartilhada aplicada a pequenos, médios e grandes negócios pode otimizar custos por meio de acordos de colaboração mútua em contratos de serviços, fornecimento de suprimentos e até mesmo na divisão de espaços e equipamentos.” 

Ela destaca que modelos internacionais de contratos, como os de joint venture (associação econômica), nos quais empresas se unem para compartilhar departamentos, linhas de produção e até recursos, já são amplamente adotados por grandes corporações. Esses acordos permitem que as empresas evitem grandes investimentos em novos departamentos ou equipamentos e, ao mesmo tempo, tenham acesso a produtos e serviços a preços mais baixos.

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