Eleições 2018: confiança da micro e pequena empresa fica estagnada
A avaliação do atual desempenho da economia tem puxado o indicador para baixo, em contraste com as perspectivas para o futuro da própria empresa e da economia, que apresenta pontuações melhores. Já o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,8 pontos e o Indicador de Expectativas, que projeta um horizonte futuro de seis meses, marcou 59,4 pontos.
De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, os dados mostram que a maioria dos empresários de menor porte está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera.
Micro e pequenos empresários avaliam que economia piorou, embora percepção sobre desempenho dos negócios seja menos negativa. Mais da metade (53%) dos micro e pequenos empresários consideram que a economia piorou nos últimos seis meses e apenas 17% dos entrevistados notaram uma melhora no período.
Por outro lado, quando analisado o desempenho do próprio negócio, a percepção é um pouco melhor, já que 24% notaram avanços na sua empresa,enquanto 36% observaram uma piora. E dentre os que perceberam uma piora em seus negócios, a queda das vendas desponta como principal razão, mencionada por 77% dos entrevistados.
Já outros 30% destacaram aumento nos preços de matéria prima e produtos, enquanto 10% ainda sentem consequências da inadimplência de seus clientes. Para os que notaram melhora na performance do próprio negócio, mais de metade (61%) disse ter vendido mais no período e 23% atribuem a uma melhora da gestão da empresa.
E se o último semestre frustrou a maioria dos micro e pequenos empresários, o indicador mostra que as expectativas para os próximos meses são de otimismo. Em termos percentuais, mais da metade (57%) disse estar confiante no futuro do próprio negócio, ante 11% que demonstrou pessimismo.
Entre os que demonstram confiança, a maior parte (29%) novamente afirma fazer uma boa gestão da empresa. Além desses, 27% alegam não saber ao certo a razão de estarem otimistas, apesar de acreditarem que coisas boas irão acontecer.
Pensando na economia, os resultados são um pouco piores, mas ainda há um clima de otimismo: 36% estão confiantes, mas quase a metade (47%) também não sabe justificar os motivos. Além disto, 21% apostam no amplo mercado consumidor e 21% esperam um cenário político mais favorável.
Embora a maioria relativa dos entrevistados tenha boas expectativas com relação ao futuro do próprio economia, há os que se consideram pessimistas (24%), principalmente em razão das incertezas políticas (65,6%).
Ainda de acordo com o levantamento, 39% consideram ter tido um bom desempenho de vendas. Para 41%, o resultado foi regular e 18% avaliam como ruim ou péssimo. Em relação às perspectivas para os próximos seis meses, a maior parte acredita que o faturamento irá crescer (46%) e apenas 4% apostam em queda na receita. Já 42% esperam um faturamento igual.
Para o presidente do SPC Brasil, o segundo semestre tem datas comemorativas importantes para o varejo que devem aquecer as vendas. É natural perceber esse otimismo com relação ao faturamento.
Entre os que têm expectativa de crescimento no faturamento, 32% atribuem essa performance a novas estratégias de vendas. Outros 31% não possuem uma razão concreta, 24% apostam na diversificação do portfólio de produtos para ampliar a receita e 19% pretendem investir na melhoria da gestão.
Metodologia
O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”.Os dados podem ser acessados, na íntegra, através do endereço https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos