Especialista dá 5 dicas para proteger e fortalecer os investimentos em 2025

O ano de 2025 começa com um cenário econômico global desafiador, com inflação persistente, políticas monetárias rigorosas e instabilidade política tanto no Brasil quanto no exterior. No Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento modesto de apenas 1,8% para o PIB, refletindo uma desaceleração econômica provocada pelo alto endividamento público, incertezas no mercado internacional e um ambiente político interno volátil.

Diante desse cenário, os investidores precisam de estratégias sólidas para proteger seu patrimônio e, ao mesmo tempo, buscar formas de maximizar os ganhos. Rodrigo Gualtero, especialista em investimentos, compartilhou cinco dicas fundamentais para atravessar as incertezas econômicas de 2025 de forma mais segura e eficiente.

1. Diversificação global

Com a desvalorização do real e a volatilidade cambial que devem marcar 2025, Gualtero recomenda investir parte do patrimônio em ativos dolarizados e em moedas fortes como o dólar e o franco suíço. “A diversificação global ajuda a reduzir a exposição ao risco cambial e protege contra desvalorizações bruscas da moeda local”, afirma o especialista. Investir em ativos em mercados mais estáveis pode, assim, equilibrar as perdas causadas pela instabilidade da moeda brasileira.

2. Proteção contra a inflação

A inflação continua sendo uma preocupação mundial, e o Brasil não está imune a esse fenômeno. Para proteger o poder de compra, Gualtero sugere alocar uma parte do portfólio em ouro, commodities e títulos públicos indexados ao IPCA (índice de preços ao consumidor amplo). “Esses ativos têm uma correlação direta com a inflação, o que pode ajudar a preservar o valor do patrimônio quando os preços sobem”, explica.

3. Setores resilientes

Em tempos de incerteza econômica, é importante direcionar os investimentos para setores que tendem a ser mais resistentes às oscilações do mercado. Gualtero aponta que empresas de infraestrutura, saúde e tecnologia, embora afetadas pela volatilidade, tendem a ser mais resilientes. “Esses setores têm uma demanda estável e são fundamentais para a economia, o que garante maior segurança ao investidor”, analisa o especialista.

4. Atenção ao ambiente regulatória

Outro ponto destacado por Gualtero é a necessidade de cautela com negócios que dependem fortemente de regulamentações e subsídios estatais. Com as mudanças frequentes na regulação econômica no Brasil, os investidores podem ser surpreendidos por novas tributações ou exigências legais inesperadas. “É essencial estar atento ao ambiente regulatório e evitar empresas que estejam expostas a riscos políticos e tributários”, alerta.

5. Liquidez e oportunidades

Por fim, o especialista destaca a importância de manter uma reserva de capital líquido. Isso permite aproveitar oportunidades de compra em momentos de baixa do mercado. “Em períodos de crise, ativos são negociados por preços mais baixos, o que cria oportunidades para investidores com liquidez. Manter uma parte do portfólio em dinheiro permite que você aproveite esses momentos”, afirma Gualtero.

Quando questionado sobre o melhor momento para investir, Gualtero reforça que as maiores oportunidades surgem em momentos de pessimismo, quando os preços estão mais baixos. “Investidores experientes sabem que as melhores oportunidades surgem quando o mercado está em baixa. A maioria entra tardiamente, quando os preços já subiram. A paciência e o foco no longo prazo são essenciais”, explica.

Ele também alerta para o risco de tomar decisões precipitadas baseadas em previsões de curto prazo. “Focar no longo prazo, diversificar o portfólio e apostar em ativos estratégicos são as chaves para atravessar períodos de volatilidade com mais segurança”, conclui.

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