Fintechs prometem inovar o mercado financeiro e brasileiros aumentam confiança nos serviços digitais
Segundo pesquisa do Febraban, 57% dos brasileiros já confiam em fintechs financeiras
As fintechs chegaram para inovar o mercado financeiro e implementar novas soluções em relação aos bancos tradicionais. Segundo pesquisa realizada pela Febraban-Ipespe em fevereiro de 2023, a confiança em fintechs financeiras vem aumentando gradualmente, com cerca de 57% dos entrevistados alegando confiar nessas empresas.
Com o avanço tecnológico, as fintechs conseguem oferecer experiências bancárias mais eficientes, convenientes e acessíveis, combinando a tecnologia financeira avançada com serviços bancários tradicionais. Entre seus serviços estão inclusos contas correntes, cartões de crédito, empréstimos, investimentos, entre outros.
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“As primeiras fintechs no Brasil surgiram por volta de 2013, e ganharam muito destaque no país por reestruturar a experiência do cliente. Tudo isso é possível por terem um modelo inovador, de custo bem menor, e fazem bom uso da tecnologia para otimizar processos. Se voltarmos um pouco mais no tempo, a primeira vez que o termo fintech apareceu foi nos anos 80, pelo jornalista Peter Knight que juntou as palavras financial e technology, para dar o nome a sua coluna no jornal britânico The Sunday Times, porém foi com o crescimento da internet que as fintechs se popularizaram”, explica Douglas Barrochelo, CEO da Biz.
De acordo com ele, as fintechs têm um impacto muito positivo no mercado financeiro, pela inclusão financeira que elas possibilitam na sociedade, e isso é possível pelas diversas tecnologias utilizadas, assegurando mais benefícios do que os bancos tradicionais. De acordo com o Banco Central, já é possível ver uma redução da desigualdade entre os grupos mais ricos e mais pobres. Em 2017, somente 43% das pessoas de baixa renda usavam pagamentos digitais, enquanto entre os mais ricos a porcentagem chegava a 68%. No ano de 2021, quatro anos depois, essa diferença caiu para sete pontos percentuais, 72% dos mais pobres contra 79% dos mais ricos usando pagamentos digitais.
“Com essa democratização do acesso a serviços financeiros, as fintechs passam a ser bem vistas e começam a atrair mais investimentos no setor. Segundo o banco de dados do Distrito, no Brasil, as fintechs de finanças atraíram US$3,8 bilhões em 2021, o dobro do que o setor recebeu no ano anterior”, continua.
Ainda assim, não é possível substituir totalmente os bancos tradicionais, mesmo com a alta adesão dos serviços digitais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,28 milhões de famílias ainda permaneciam sem conexão à rede em casa em 2021. “Todavia, a nova realidade, duramente testada com o surgimento da pandemia, acelerou a adoção das contas digitais por 92 milhões de brasileiros apenas nos programas assistenciais do governo atendidos pela Caixa Econômica Federal. E o sistema funcionou admiravelmente, aumentando a confiança dos usuários nas chamadas fintechs, e a diferença no nível de confiança entre bancos tradicionais e fintechs está diminuindo rapidamente”, conta Douglas.
Entre as principais fintechs brasileiras estão a Nubank, GuiaBolso, Méliuz, Bidu, QuintoAndar, Banco Original, PicPay e Banco Inter. De acordo com uma pesquisa realizada pela Distrito, das 11394 startups ativas no Brasil, 1290 atuam inovando no setor financeiro.
“Há algum tempo as fintechs vêm se consolidando e marcando presença em lista de tendências para o ano. Para 2023 elas tendem a crescer, globalmente, US$305.7 bilhões, segundo estudo da An LSEG Business, esse crescimento é previsto muito pela agilidade e adaptabilidade que são características fundamentais do setor, e possibilita aplicar as novas soluções de forma muito mais rápida para resolver os mais variados problemas, o que transmite mais confiança e credibilidade”, finaliza o CEO da Biz.