Micros e pequenos empresários estão mais confiantes com o Brasil, pós eleições
O cenário de alta reflete uma dose de ânimo por parte dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços, que preveem uma recuperação da economia para os próximos meses. Considerando apenas o componente da confiança, que mede as expectativas para os próximos seis meses, o indicador passa de 62,6 pontos em outubro para 74,8 pontos em novembro. A escala varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos refletem confiança e, abaixo dos 50 pontos, refletem desconfiança com os negócios e com a economia.
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os dados mostram que o bom humor da maioria dos empresários é resultado das perspectivas de mudanças, que podem melhorar o ambiente de negócios, com a definição do quadro eleitoral. Disso decorre uma redução do sentimento de incertezas, à medida que o novo governo anuncia seus projetos para o país.
E se o ano de 2018 frustrou a maioria dos empresários, o indicador mostra que as perspectivas para o futuro são bastante positivas. Em termos percentuais, o número de micro e pequenas empresas (MPEs) confiantes com a retomada da economia deu um salto expressivo de 44% em outubro para 76% em novembro. Apenas 8% disseram estar pessimistas.
Entre os que se mostram confiantes, 57% dizem que a principal razão para esse otimismo é o cenário político mais favorável — em outubro passado, esse índice era de 23%. Além desses, 24% não apontaram um motivo específico e 18% creditam ao fato de alguns indicadores estarem melhorando, como inflação e atividade econômica, que cresce, embora em ritmo lento.
Há também uma expectativa favorável quando se avalia o próprio negócio, que subiu de 57% para 78% no mesmo período. Entre esses empresários, 35% justificam sua opinião dizendo que a economia dá sinais de melhora, enquanto 27% não têm um motivo específico, 24% atribuem ao fato de fazerem uma boa gestão e 24% por estarem investindo no próprio negócio. Somente 5% declararam pessimismo.
Momento atual
Avaliando os últimos seis meses, o percentual dos que notaram uma piora na economia ficou estável — 46% em outubro e em novembro. O mesmo se observa com relação aos negócios: 32% perceberam uma piora em outubro, mesmo percentual observado em novembro. Para os que ainda sentem piora na atividade da empresa, a principal razão é o fato de as vendas terem diminuído (76%). No levantamento, também se destaca o aumento dos preços (33%) e o crescimento da inadimplência (16%).
Por outro lado, 21% avaliam que houve uma recuperação no cenário econômico e 29% enxergam uma melhora nos negócios — aumento de 5% em relação a outubro em ambos os casos. Outro dado mostra que, diante de uma atividade econômica ainda lenta, 43% dos entrevistados avaliaram que o desempenho das vendas foi bom no mês anterior. Número parecido ao registrado em outubro, que ficou em 39%.
A íntegra do Indicador de Confiança MPE e a série histórica pode ser acessada no link https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos