Previdência privada está entre as reservas financeiras preferidas dos poupadores
Embora pequeno, houve um crescimento na comparação com o janeiro deste ano (9%). Já outros 45% destinam reservas para possíveis imprevistos, enquanto 28% fizeram para garantir um futuro melhor da família e 25% para o caso de ficarem desempregados. De acordo com o levantamento, o valor médio poupado foi de R$ 354.
E entre as principais formas de reserva financeira está a previdência privada, mencionada por 10% dos entrevistados, à frente de outros investimentos menos tradicionais, como Tesouro Direto (7%), CBD (5%), LCI (3%) e bolsa de valores (2%). No entanto, a velha caderneta de poupança ainda lidera o destino das reservas com folga (59%). Já 18% afirmam deixar o dinheiro em casa e outros 18% na conta corrente, enquanto 10% aplicam em fundos de investimento.
Aposentadoria
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a crise fiscal dos últimos anos e a questão previdenciária ocuparam lugar de destaque no debate político e econômico. Os números do levantamento revelam que a preocupação com a aposentadoria começa a entrar no radar do poupador brasileiro, mas a principal motivação para a formação de reserva ainda são os imprevistos.
Outra dado importante é de que a conjuntura econômica, com alto índice de desemprego e queda do poder de compra, segue prejudicando o orçamento familiar. Pelo menos quatro em cada dez pessoas (40%) que possuem reserva financeira tiveram de sacar ao menos parte desses recursos em setembro. Desse universo, 16% disseram destinar para uma situação inesperada e 9% para pagar dívidas. Outros 9% usaram para realizar uma compra e 7% para complementar renda.
Metodologia
O objetivo da sondagem é acompanhar mensalmente a formação de reserva financeira do brasileiro, destacando a quantidade daqueles que tiveram condições de poupar ao longo dos meses. O indicador abrange doze capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais.
A amostra foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A pesquisa completa pode ser acessada no link https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos
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