Seja sócio de empresas globais e reduza o risco geográfico de seus investimentos
O convidado desta semana da Folha Finanças é Fábio Rech, um dos recentes sócios da Athena-BGA Investimentos, um dos mais conceituados escritórios de Investimentos do Nordeste e credenciado à XP em Pernambuco. Ele foi entrevistado por Camila Haeckel, do Inspiração Invest, e parceria deste blog, CEA e especialista em investimentos, além de trabalhar no mercado financeiro há mais de 12 anos.
Na entrevista, Fábio fala sobre a diversificação dos investimentos em empresas e ativos de fora do Brasil, deixando a carteira mais global. O sócio da Athena-BGA explica o porquê de buscar investimentos fora do País, como e a partir de quanto pode realizar esse tipo de investimento, além de explicar a interferência da moeda americana, o dólar, nesse segmento do mercado.
Rech é formado em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco (UPE-FCAP), obtém certificados CFP, e possui 18 anos de experiência no mercado financeiro, tendo passado por instituições como Citibank, Santander, Mirae Asset e Belvedere Investimentos. Recentemente Fábio se tornou sócio da Athena-BGA Investimentos e tem uma carreira dedicada à gestão de portfólios e consultoria de Investimentos via instrumentos financeiros brasileiros e internacionais.
Confira a seguir a entrevista completa com Fábio Rech.
Quais os principais veículos de investimentos que estão disponíveis para o brasileiro investir globalmente?
Hoje os grandes bancos e corretoras já oferecem algumas alternativas para o investidor ter acesso ao mercado internacional: Fundos de investimentos que compram títulos ou ações de empresas globais, com ou sem hedge cambial; ETF’s ou fundo de índices, BDR (Recibo de ações americanas, como ações da Apple, Amazon e Netflix), ou como alternativa, o investidor pode buscar sua instituição financeira e entender o processo de abertura de uma conta e pré-requisitos para comprar os ativos diretamente através de uma conta internacional.
Por que o investidor deveria buscar alternativas fora do Brasil?
Em primeiro lugar, o Brasil representa uma pequena fração do mercado de capitais no mundo, abaixo de 1%, portanto, as maiores empresas de quase todos os setores da economia estão fora do Brasil. Um outro ponto importante é que em momentos de mercados mais nervosos, como foi 2020 e está sendo este ano, as economias mais frágeis tendem a sentir mais os solavancos do mercado, portanto as carteiras de investimentos que estão expostas apenas ao Brasil tendem a sofrer mais.
Os grandes fundos de pensão lá fora e os hedge funds ou fundos alternativos, que podem ter exposição a mercados emergentes, por exemplo, em momentos de turbulência de mercados, buscam proteção e geralmente reduz-se os investimentos em economias como Brasil, aumentando caixa ou investindo em safe heaven ou economias mais seguras, como Estados Unidos. Ou seja, se os investidores profissionais podem reduzir a exposição ao Brasil, por que você também não pode, uma vez que temos alternativas de fácil alcance?
Se o dólar subir, minha carteira internacional também sobe?
Vai depender que veículo você escolheu para investir, existem fundos multimercados ou de ações domiciliados no Brasil que replicam apenas alguns índices de mercado ou carteira de investimentos internacionais, de acordo com regulamento do fundo. Eles podem ser constituídos com hedge cambial, ou seja, não há impacto do dólar nas cotas do fundo. Então se você acredita que o dólar está caro, esta pode ser uma estratégia interessante para compor seu portfólio. Porém, se você optou em estar exposto ao dólar e quiser ganhar com a subida do S&P 500, maior índice da bolsa americana, você pode comprar um ETF “IVVB11” ou alguns fundos que buscam superar o próprio índice americano em dólar.
Com quanto eu posso investir para ter acesso a ativos internacionais?
Hoje em dia os bancos e corretoras independentes possuem uma plataforma ampla de produtos ligados à economia internacional, que pode compor seu portfólio de ativos internacionais, tanto via fundos de investimentos, como ETF’s. Por exemplo, o Xina11, ETF que replica em dólar uma carteira das 700 empresas mais negociadas na bolsa chinesa fechou a cota em 25/01 a R$12,20.
Quanto deveria ser o mínimo e o máximo que deveria ter de exposição a ativos internacionais?
Vai depender do quanto você acredita qual será a performance de cada economia e de que forma você gostaria de dispor seu patrimônio no quesito risco país ou geográfico, sempre buscando respeitar seus objetivos e perfil de risco. Portanto, o mais coerente seria conversar com seu consultor de confiança e alinhar a melhor estratégia. Nós aqui na Athena-BGA temos um time altamente preparado para construir junto com você as melhores decisões de investimentos baseadas em princípios e valores enraizados.