Uso do Pix exige cuidados para não cair em golpes

Dados do Pix vem sendo usado como forma de golpe - Reprodução/Internet

Sempre que uma nova forma de pagamento é apresentada ao mercado, novas fraudes começam a surgir, exigindo do consumidor mais atenção e cuidado. Com o lançamento do Pix, em novembro do ano passado, a plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), tem sido alvo de golpistas desde o período inicial de cadastro de chaves, uma vez que trapaceiros desenvolvem páginas de registros de bancos para roubar dados dos clientes.

Segundo Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil, fintech brasileira que atua no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo, um dos principais cuidados deve ser com mensagens falsas em aplicativos de conversas, onde pedem dados pessoais.

"Estelionatários clonam o WhatsApp de alguém e pedem uma quantia a algum amigo ou familiar, alegando urgência. Por se tratar do mesmo número de telefone, o indivíduo não percebe que é um golpe e realiza a transferência. Na maioria das vezes, mesmo com a abertura de um Boletim de Ocorrência na polícia, não é possível identificar a origem da conta bancária nem recuperar o valor", explica Ralf. 

De acordo com o Banco Central, até dezembro do ano passado foram movimentados R$ 151 bilhões com o Pix, indicando que os pagamentos instantâneos têm potencial para se tornar a principal forma de transferir dinheiro entre pessoas físicas, em razão da gratuidade e praticidade. Para não ser a próxima vítima dos criminosos, preste atenção nas duas dicas abaixo. Elas foram compartilhadas por especialistas no mercado e com certeza vão reduzir as chances de você cair nesse tipo de fraude:

Nunca clique em links suspeitos
De acordo com Ralf Germer, golpistas costumam se passar por funcionários de instituições bancárias e enviar mensagens com links falsos para cadastros de dados pessoais que são essenciais para o uso do Pix. Na dúvida, a orientação é confirmar a veracidade. 

"A melhor opção é ligar para o seu banco e obter informações com o gerente. Não clique em links recebidos por WhatsApp, SMS, E-mail ou outras redes sociais nem compartilhe dados sensíveis como senhas e números de cartões de crédito. Outra dica importante é que as empresas não utilizam contas de pessoas físicas como recebedoras de TED ou Pix. Se receber esse tipo de solicitação, desconfie", aconselha.

Não compartilhe códigos de verificação
Para realizar o pagamento instantâneo, os usuários devem ser identificados a partir do fornecimento de dados e endereçamentos pré-definidos como CPF, e-mail, celular e QR Code. 

Por isso, alguns golpes já existentes estão sendo utilizados para ações fraudulentas, como a invasão de contas. O uso de ferramentas de reconhecimento facial é uma alternativa para garantir a identificação correta do proprietário daqueles dados, proporcionando mais comodidade e segurança para os clientes e instituições bancárias. 

"O Pix veio para resolver o sistema financeiro brasileiro e democratizar os processos bancários, no entanto, é preciso ter muita cautela e cuidado para evitar ações fraudulentas. Com a análise da biometria facial, por meio do mapeamento de mais de 1024 pontos, é possível desmistificar esse processo e garantir a agilidade, personalização e segurança nessas transações", conta Danny Kabiljo, CEO da FullFace , empresa brasileira de biometria facial.

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