Viva o São João!
Com as damas portuguesas aprenderam, nossos escravos, a fazer bolos usando trigo, manteiga e ovo. Aos poucos foram juntado, a esses ingredientes, alguns produtos da terra. Assim nasceram bolos bem nossos - de milho, de fubá, de macaxeira, Souza Leão. Além do principal bolo do São João, o pé-de-moleque - que recebeu esse nome porque, depois de pronto, fica bem escuro. Lembrando os pés dos moleques daquele tempo, sujos de terra - tão diferente das crianças de hoje, que brincam com meias coloridas e tênis americanos, em volta de jogos eletrônicos, computadores e celulares. O bolo era feito, a princípio, com rapadura derretida. Depois, passaram a ter calda feita de açúcar. Com esses escravos, aprendemos também a fazer cocada, bom-bocado, grude. Sem esquecer que a cachaça acabou transformada em bebida oficial do São João, conhecida como “quentão” - cachaça, açúcar caramelizado, canela, casca de limão, cravo, gengibre. Servida bem quente, em canequinhas de barro. Bom para tomar coragem e dizer no ouvido da pessoa amada, como na música de Luiz Gonzaga e José Fernandes, “foi numa noite/ igual a esta/ que tu me deste/ o teu coração”.
Receita >
Grude de Goma de Tapioca - (receita de Geralda Farias)
Ingredientes
1kg de goma de tapioca
1 coco grande ralado
3 ovos inteiros
2 colheres de manteiga derretida
1 litro de leite
1kg de açúcar
1 pitada de sal
Preparo
Em uma vasilha misture goma de tapioca e ovos. Junte também açúcar, leite, coco ralado, manteiga derretida e sal. Misture bem
Coloque tudo em forma de pudim (untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo). Asse em forno quente por aproximadamente 1 hora