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Após ter pata decepada, cadela sobrevive por milagre e protetoras buscam adoção

Foto: Cortesia

Um verdadeiro milagre em carne, ossos e pelos. Essa é Diana Rosa, uma cadela sem raça definida (SRD), de aproximadamente dois anos. 

No último dia 19 de agosto, ela foi vista em uma área de trilhos próxima à estação de metrô Jorge Lins, em Dois Carneiros, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. 

Após o compartilhamento de pedidos de ajuda em grupos de protetores nas redes sociais, a vendedora Diana Barbosa de Freitas foi ao encontro da cadela. Encontrou-a com uma das patas traseiras decepadas, muito provavelmente, por um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). 

Diana conseguiu organizar a retirada dela do local e pediu ajuda em mais uma leva de grupos de protetores para poder viabilizar o tratamento. A história, então, chegou até a contadora Rosania Araújo.

Elas encaminharam a canina para um hospital veterinário, onde a cadela passou por uma cirurgia no membro amputado e seguiu em tratamento. 

Por causa da lesão grave sofrida no acidente, Diana Rosa desenvolveu infecções. Fora isso, também foi diagnosticada doença do carrapato. “O médico disse que a lesão já devia ter entre dois e três dias. Estava com bicheira, necrosando. Ela também apresentou uma anemia forte”, explica Rosania. 

Chegou a ser solicitada uma transfusão de sangue para a cadela, mas as protetoras não encontraram um doador e também não conseguiram levantar os custos para comprar uma bolsa de sangue. Em mais um milagre, o organismo de Diana Rosa respondeu e começou a se reabilitar mesmo sem a transfusão. 

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O nome Diana Rosa, como você já deve ter percebido, é uma homenagem às duas mulheres que ajudaram a salvar a vida da canina, que se prepara para uma nova fase. 

Existe a previsão de que tenha alta hospitalar nesta semana e, com isso, há uma corrida contra o tempo para encontrar um novo lar para que Diana Rosa recomece a vida. 

“Depois de tudo o que ela passou, merece uma família acolhedora e muito amorosa. Ela é extremamente carinhosa e está se adaptando bem à nova realidade sem o membro. Está aprendendo rápido a levantar, deitar, fazer tudo”, conta Rosania. As protetoras também têm um desafio: levantar verba para cobrir todos os custos médicos do tratamento. 

Rosania e Diana Rosa. Foto: Cortesia 

“Graças ao apoio de divulgação dos grupos Anjos do Poço, Cães de Candeias, Sorriso de 4 patas, Adoção Pet GD Recife, Andreza Romero e Romero Albuquerque, conseguimos levantar os custos da cirurgia, que foi R$ 1.400. Ainda restam os valores das diárias de internação, exames e medicações”, diz Rosania. 

Quem tiver interesse em ajudar no tratamento ou em adotar Diana Rosa pode entrar em contato no número (81) 98182-1973 (Rosania). O Pix para contribuição é o CPF 965.895.904-00, em nome de Rosania Maria de Araújo. 

Mais uma vítima
Diana, responsável por tirar a cadela da área onde sofreu o acidente, disse que não há informações sobre como ela chegou até o local. Pessoas que residem próximo ao espaço disseram, segundo ela, não terem visto Diana Rosa por ali anteriormente. 

A protetora acredita que ela pode ter sido mais uma vítima de abandono. Segundo a vendedora, essa região em Vila Dois Carneiros é conhecida por ser um ponto de desova de animais. 

"É uma área verde, próxima aos trilhos, onde muitas pessoas deixam animais. Tem uma outra cadela que foi amarrada e abandonada na mesma região. Ela tem problemas de pele e eu não consigo terminar o tratamento por falta de ajuda”, diz Diana, que lamenta não só a questão do abandono, mas também a forma como muitos animais são tratados nas redondezas.  

“Muitas pessoas no bairro usam os animais pra proteger a área (terreno da casa), mas não dão comida, água ou banho. Deixam os cachorros amarrados em um metro de corda, às vezes não é suficiente nem para conseguirem deitar. Ali, ainda fazem xixi e cocô. Sem contar que tem muita briga por falta de castração”, lamenta ela, que pede um olhar do poder público para o local. 

“Se tivesse um castramóvel que passasse no bairro, eu poderia fazer um cadastro com os animais da área. Alguma fiscalização sobre a forma como cuidam. Existe muita gente desumana. O caso de Diana Rosa é um exemplo. Ela sofreu o acidente e passou horas e horas ali sofrendo, em uma área que muita gente passa, mas ninguém ajudou. Por mais que não se tenha condições financeiras, a gente pede ajuda, faz uma rede de apoio. É uma vida; os animais daquela área pedem socorro.”

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