Cão Terapia, em Jaboatão, transforma hora do banho em atividade terapêutica

Crianças de 3 a 7 anos portadoras do Transtorno do Espectro de Autista (TEA) participaram

Cão Terapia, em Jaboatão dos Guararapes - Divulgação/ PMJG

A hora do banho para os cães que participam do projeto Cão Terapia, em Jaboatão dos Guararapes, foi transformada em uma atividade terapêutica. Crianças portadoras do Transtorno do Espectro de Autista (TEA) de 3 a 7 anos participaram do momento de banho, secagem e brincadeiras com os cães adestrados para esse tipo de terapia. A ação, chamada de "Banho de Acessibilidade", aconteceu nesta terça-feira (20). 

“É uma vitória muito grande. Ele não deixava molhar o cabelo. Fiquei um ano tentando encontrar formas de lavar o cabelo do meu filho e hoje o vi tomando banho de mangueira e de piscina sem dificuldades. Se não fosse o Cão Terapia, não teríamos nada. Meu sentimento é gratidão”, disse Juliana Barbosa, mãe de João Lucas, de 5 anos, que participou da atividade.

As atividades com cães acontecem na Arena Cão Terapia, no Parque da Cidade. Atualmente, 30 crianças fazem tratamento na Arena Cão Terapia, com duas psicólogas, uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Cada criança faz terapia individualmente, durante a semana. 

De acordo com a secretária executiva do Bem-Estar Animal, Carolina Lemos, a Arena Cão Terapia é uma iniciativa inédita no Estado, que traz resultados mais rápidos que a terapia convencional.

“Geralmente são necessárias 30 sessões normais para serem vistos resultados. Já com esse trabalho que realizamos, em 12 sessões, conseguimos ver mudanças no comportamento das crianças. Hoje, nós somos pioneiros. Não existe nenhum projeto na rede municipal que utilize cães terapêuticos”, ressaltou.

Os cães utilizados no projeto têm voluntários como tutores, sendo avaliados pela equipe da Secretaria Executiva de Bem-estar Animal e treinados para participarem dos exercícios com as crianças.

“O cão se torna uma ferramenta a mais de trabalho. As crianças são atraídas por eles e os pets acabam se tornando mediadores entre os profissionais de saúde e a criança”, disse Joaquim Cavalcanti, coordenador técnico do projeto e adestrador dos cães. 

Segundo Sterfny Paully, mãe da Ana Julia, 4 anos, a evolução da menina tem sido evidente.

“A experiência tem sido maravilhosa. Ela era uma criança muito agitada, tinha dificuldade em interagir com outras pessoas e hoje ela desenvolve tudo isso de forma normal. É maravilhoso vê-la dessa maneira”, afirmou. 

 

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