Casal de veterinários resgata animais na Ucrânia
Diversas pessoas fugiram do conflito e deixaram os animais nas casas
Há seis dias um casal de veterinários trabalha para salvar animais abandonados na Ucrânia. Desde o começo do conflito com a Rússia, com as primeiras explosões, no dia 25 de fevereiro, diversos moradores da Ucrânia estão optando por deixar o país. No meio de explosões, famílias esquecem ou abandonam animais domésticos em suas casas.
Entre cachorros, coelhos, tartarugas, gatos, pássaros e até porcos-espinhos, os veterinários Leonid e Valentina Stoynov estão aceitando animais de pessoas que estão saindo do país e não irão levá-los. "Nós ainda estamos aceitando animais, e iremos continuar aceitando", informa um post sobre a guerra no perfil do Instagram do casal (@vet.crew).
Além de animais entregues por seus responsáveis, o casal também resgata animais que foram abandonados sem aviso, deixados nas ruas ou casas. Uma das explicações para tantos abandonos é que muitos países exigem documentação de registro do animal para a entrada em seu território. Os tutores que não possuem essa identificação deixam os animais.
Leia Também
• BMW tem produção afetada na Europa após guerra na Ucrânia; produção segue normalmente no Brasil
• Filhote de cachorro nasce com pelagem verde e assusta tutores
• Guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar produção de montadoras
O perfil do casal de veterinários no Instagram ainda orienta pessoas que estão deixando a Ucrânia com relação aos países que exigem ou não documentos de identificação dos animais. A Polônia é um local indicado para fuga do conflito que aceita animais.
O casal vive na cidade de Odessa, que fica a 600 quilômetros da capital Kiev. Desde o início dos ataques, eles comentam que não estão dispostos a sair da cidade, a não ser que seja um último recurso. "Não deixamos o nossos fofos, espinhosos, emplumados, peludos, com e sem escamas, grandes e pequenos. Para nós, não há diferença. Todo mundo quer viver. Todos nós não queremos ouvir tiros, explosões e sirenes. Não queremos ter medo do que vem a seguir", escreveram, nesta quarta-feira (2), no perfil social.