Coração: saiba quais as principais cardiopatias desenvolvidas por pets
Algumas raças de cães possuem mais chances de desenvolver problemas cardíacos
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Doenças cardíacas se manifestam de forma silenciosa, nem sempre o paciente apresenta sintomas perceptíveis no cotidiano. Em pets, que já possuem uma tendência a "esconder" sintomas de doenças, os problemas do coração podem evoluir de forma rápida. Algumas raças, que já contam com tendência a desenvolver cardiopatias, como os cães da raça boxer, labrador, Yorkshire e Chihuahua, precisam de mais atenção aos cuidados com o coração.
"Os animais tendem a esconder as doenças. Isso vem da época que eles ainda não eram domesticados e precisavam esconder as doenças para que conseguissem sobreviver", explicou a cardiologista veterinária Cecília Carvalho, da CardiVet - Cardiologia e Pneumologia Veterinária (@cardivet_).
De acordo com a cardiologista, as principais doenças cardiovasculares tanto em cães quanto em gatos estão relacionadas a degeneração das válvulas cardíacas e à flacidez ou hipertrofia do músculo do coração. "As doenças que acometem as válvulas são mais comuns nos cães de pequeno porte. Já as que acometem o músculo cardíaco são divididas em dois tipos: o tipo em que o músculo fica flácido, que acomete mais os cães de grande porte; e o tipo que deixa o músculo hipertrofiado, mais comuns nos gatos", explicou Cecília.
A idade e a predisposição genética do pet devem manter o tutor atento aos sintomas, como o aumento do cansaço ou a alteração na respiração do animal.
Cães
"Quando pensamos nos animais mais jovens, há uma tendência às doenças congênitas, que são aquelas doenças que os animais já nascem com algum defeito no coração. Mas existem também raças predispostas, então um cavalier, um boxer, são raças que têm uma predisposição à doença cardíaca. Esses animais, mesmo os jovens, é preciso se ficar atento. Mas, sem sombra de dúvida, os idosos têm mais tendência a doenças cardiovasculares, porque aí aparecem as doenças degenerativas, as doenças da idade, digamos assim", informou Cecília Carvalho.
Problemas de coração em cães de raças grandes são comumente associados à fraqueza do músculo cardíaco. "Esse músculo fica fraco e não consegue exercer a função do coração, que é aquela função de bomba, de mandar o sangue adiante pra oxigenar tudo. A tendência é que o animal venha a acumular líquido e ficar com aquele barrigão que a gente chama de barriga d'água", explicou Cecília.
A cardiologista ainda informou que os cães de pequeno porte, como Lulu da Pomerânia, Chihuahua, Yorkshire, Pinscher, Poodle e Maltês, possuem 75% de chance de apresentar doença cardíaca a partir dos dez anos. "A gente sempre recomenda, para esses animais, que a partir dos 6 ou 7 anos se comece uma investigação", indicou Cecília.
"Raças de pequeno porte têm uma tendência a ter uma doença degenerativa nas válvulas cardíacas. Essa degeneração normalmente acontece numa válvula chamada de mitral, que é uma que fica do lado esquerdo do coração, e a consequência disso é que esse coração termina ficando grande e pode levar ao que a gente chama de edema, que é o acumulo de líquido nos pulmões", relatou a cardiologista.
Gatos
Gatos também possuem maior tendência a apresentar doenças cardíacas a partir dos dez anos. A indicação veterinária é realizar avaliações cardiovasculares anuais a partir desta idade. A cardiologista reforçou que, em gatos, os sintomas cardíacos são ainda mais difíceis de identificar, pois eles escondem ainda mais as doenças.
"Nos gatos, a doença mais comum é a doença em que acontece uma hipertrofia do músculo cardíaco. Ela é muito conhecida como cardiomiopatia hipertrófica. [...] O grande fato é que a doença nos gatos tende a ser bem mais silenciosa que nos cães, e aí esse animalzinho pode vir a apresentar uma alteração chamada de tromboembolismo. Com isso, ele pode ter uma paralisia dos membros, o que acontece mais nas patas posteriores. O pet também pode ter um edema pulmonar, que é um acúmulo de líquido nos pulmões que faz com que o animal fique com dificuldade respiratória e, aí, é um caso bem grave", relatou a cardiologista.
Prevenção
O método mais eficaz de prevenir efermidades cardíacas em pets é manter consultas regulares e exames de rotina em dia, feitos pelo menos uma vez ao ano.
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